Ousmane Sonko "foi acusado em um caso de estupro e colocado sob controle judicial", afirmou um de seus advogados, Cira Clédor Ly. "Volta para casa. Está livre", disse outro advogado, Étienne Ndione, depois que o cliente compareceu a um tribunal.
A audiência coincidiu com uma convocação de protestos anunciada por um coletivo que tem a participação do partido de Sonko.
Depois de três dias de confrontos e saques desde sua detenção, em 3 de março, as autoridades posicionaram veículos blindados em Dakar, capital do Senegal, um país de 16 milhões de habitantes e em geral politicamente estável.
Dezenas de simpatizantes compareceram ao tribunal e gritaram frases de apoio a Sonko.
O opositor, que ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais de 2019, é considerado um dos principais rivais do presidente, Macky Sall, no pleito de 2024.
Ele foi detido oficialmente por perturbação da ordem pública quando caminhava, durante uma manifestação, em direção ao tribunal em que havia sido convocado a responder por acusações de estupro, apresentadas por uma funcionária de um salão de beleza que Sonko procurou para tratar de dores nas costas, segundo sua própria explicação.
Sonko afirma que a acusação é um complô planejado pelo presidente para afastá-lo das próximas eleições.
O coletivo Movimento de Defesa da Democracia (M2D), que inclui o partido do opositor, outras formações e várias organizações, convocou manifestações nas ruas por três dias.
DACAR