Bárcenas foi gerente do PP de 1990 a 2008, e tesoureiro desse ano até 2009. É a personagem central da chamada "caixa B" do partido conservador, um fundo não declarado que durante duas décadas foi alimentado por doações de empresários e serviu para pagar bônus a líderes e colaboradores do PP.
A Promotoria pede cinco anos de prisão para ele.
Segundo explicou Bárcenas, o objetivo inicial dos bônus era garantir o mesmo nível de remuneração para Rajoy e outros dirigentes do PP quando entraram como ministros no gabinete de Aznar nos anos 90.
Até esse momento, recebiam como deputados e também recebiam gastos de representação do PP, uma duplicidade impossibilitada por uma lei de incompatibilidades, que impede de cobrar salário de ministro e salário do partido.
Rajoy, que sempre negou essas acusações, comparecerá como testemunha neste julgamento oral que deve continuar até maio na sede da Audiência Nacional em San Fernando de Henares, ao leste de Madri.
MADRI