A pressão é cada vez maior para que a família real britânica responda às duras acusações feitas pelo príncipe Harry e sua esposa Meghan em um entrevista explosiva, na qual apontaram a indiferença em relação a seus problemas e inclusive acusações de racismo.
De acordo com a imprensa britânica, a rainha Elizabeth II, 94 anos, cujo marido Philip de 99 anos está hospitalizado há três semanas e se recupera de uma cirurgia cardíaca, mantém "conversas de crise" nesta terça-feira (09/03) para decidir sua reação após a bomba lançada pelo casal.
O jornal The Times afirma que a monarca teria se negado a assinar uma declaração preparada por funcionários da Casa Real para reduzir as tensões expressando o amor da família por Harry e Meghan. "Parece que queria mais tempo para considerar sua resposta", indicou a publicação.
Na opinião do também conservador Daily Telegraph, "a resposta instintiva" da família real é "não falar nada e ver como se desenvolve a situação".
O Daily Mail afirma que a rainha, isolada no castelo de Windsor desde o início da pandemia de coronavírus há um ano, está conversando com seu filho e herdeiro do trono, Charles, 72 anos, e seu neto e segundo na linha de sucessão, William, de 38 anos.
A entrevista, exibida no domingo (07/03) nos Estados Unidos, foi transmitida na segunda-feira (08/03) à noite pelo canal britânico ITV. O programa foi assistido por 11 milhões de pessoas no Reino Unido - mais os 17 milhões da véspera do outro lado do Atlântico - e monopoliza a imprensa nesta terça-feira (09/03).
Ao provocar uma das piores crises da instituição monárquica britânica, a acusação de racismo é considerada a mais chocante.
Na entrevista de duas horas à estrela da televisão Oprah Winfrey, Meghan, 39 anos, e Harry, 36, afirmaram que um membro da família - que não foram a rainha nem seu marido Philip - demonstrou "preocupação" com o tom da cor da pele de seu filho Archie, pois Meghan é negra.
Esta é a acusação potencialmente mais prejudicial para a monarquia, em um país que foi abalado intensamente pelo movimento Black Lives Matter.
Espero que tenha sido "apenas uma pergunta boba", afirmou nesta terça-feira o pai de Meghan, Thomas Markle, um premiado ex-diretor de iluminação americano, de 76 anos, que mora no México, em uma entrevista ao canal ITV.
"Não acho que a família real britânica seja racista em absoluto", disse, mas admitiu não conhecer nenhum membro da realeza, nem mesmo seu genro Harry e o neto Archie, de quase dois anos.
Meghan se distanciou do pai antes do casamento em maio de 2018, ao qual Thomas Markle não compareceu por problemas de saúde. Sua filha disse que sentiu-se "traída" quando descobriu que Thomas estava alimentando a imprensa sensacionalista ao posar para os paparazzi no México e falar sobre ela em entrevistas.
Desde então, os dois não se encontraram mais.
Em fevereiro, a duquesa de Sussex ganhou um processo por invasão de privacidade contra a empresa que edita o jornal Mail on Sunday, que publicou trechos de uma carta enviada ao seu pai em agosto de 2018, na qual pedia que ele não aparecesse novamente na mídia.
Um ano depois de sua saída da realeza britânica e da mudança para a Califórnia, o casal apresentou na entrevista um retrato sombrio da monarquia britânica.
Com lágrimas nos olhos, Meghan disse que ficou tão infeliz durante sua vida no palácio que chegou a pensar em suicídio.
Também afirmou que quando relatou à família real que estava sofrendo com a cobertura agressiva dos tabloides sensacionalistas britânicos e precisava de ajuda psicológica, ela ouviu como resposta que isto "não seria bom para a instituição".
As confissões públicas de um casal que afirma defender a todo custo sua privacidade não convenceram os britânicos.
Uma pesquisa que ouviu 2.111 adultos no Reino Unido mostra que 47% dos entrevistados consideraram a entrevista "inadequada" e apenas 21% a aprovaram.
As declarações foram mais bem recebidas nos Estados Unidos, onde até a Casa Branca elogiou a "coragem" de Harry e Meghan ao "falar sobre suas próprias lutas com a saúde mental e relatar sua história pessoal".
No Reino Unido, o primeiro-ministro conservador Boris Johnson se limitou a afirmar que "sempre sentiu grande admiração pela rainha" e se negou a comentar a entrevista.
De acordo com a imprensa britânica, a rainha Elizabeth II, 94 anos, cujo marido Philip de 99 anos está hospitalizado há três semanas e se recupera de uma cirurgia cardíaca, mantém "conversas de crise" nesta terça-feira (09/03) para decidir sua reação após a bomba lançada pelo casal.
O jornal The Times afirma que a monarca teria se negado a assinar uma declaração preparada por funcionários da Casa Real para reduzir as tensões expressando o amor da família por Harry e Meghan. "Parece que queria mais tempo para considerar sua resposta", indicou a publicação.
Na opinião do também conservador Daily Telegraph, "a resposta instintiva" da família real é "não falar nada e ver como se desenvolve a situação".
O Daily Mail afirma que a rainha, isolada no castelo de Windsor desde o início da pandemia de coronavírus há um ano, está conversando com seu filho e herdeiro do trono, Charles, 72 anos, e seu neto e segundo na linha de sucessão, William, de 38 anos.
Crise na instituição monárquica
A entrevista, exibida no domingo (07/03) nos Estados Unidos, foi transmitida na segunda-feira (08/03) à noite pelo canal britânico ITV. O programa foi assistido por 11 milhões de pessoas no Reino Unido - mais os 17 milhões da véspera do outro lado do Atlântico - e monopoliza a imprensa nesta terça-feira (09/03).
Ao provocar uma das piores crises da instituição monárquica britânica, a acusação de racismo é considerada a mais chocante.
Na entrevista de duas horas à estrela da televisão Oprah Winfrey, Meghan, 39 anos, e Harry, 36, afirmaram que um membro da família - que não foram a rainha nem seu marido Philip - demonstrou "preocupação" com o tom da cor da pele de seu filho Archie, pois Meghan é negra.
Esta é a acusação potencialmente mais prejudicial para a monarquia, em um país que foi abalado intensamente pelo movimento Black Lives Matter.
Espero que tenha sido "apenas uma pergunta boba", afirmou nesta terça-feira o pai de Meghan, Thomas Markle, um premiado ex-diretor de iluminação americano, de 76 anos, que mora no México, em uma entrevista ao canal ITV.
"Não acho que a família real britânica seja racista em absoluto", disse, mas admitiu não conhecer nenhum membro da realeza, nem mesmo seu genro Harry e o neto Archie, de quase dois anos.
Meghan se distanciou do pai antes do casamento em maio de 2018, ao qual Thomas Markle não compareceu por problemas de saúde. Sua filha disse que sentiu-se "traída" quando descobriu que Thomas estava alimentando a imprensa sensacionalista ao posar para os paparazzi no México e falar sobre ela em entrevistas.
Desde então, os dois não se encontraram mais.
Em fevereiro, a duquesa de Sussex ganhou um processo por invasão de privacidade contra a empresa que edita o jornal Mail on Sunday, que publicou trechos de uma carta enviada ao seu pai em agosto de 2018, na qual pedia que ele não aparecesse novamente na mídia.
Não convenceram os britânicos
Um ano depois de sua saída da realeza britânica e da mudança para a Califórnia, o casal apresentou na entrevista um retrato sombrio da monarquia britânica.
Com lágrimas nos olhos, Meghan disse que ficou tão infeliz durante sua vida no palácio que chegou a pensar em suicídio.
Também afirmou que quando relatou à família real que estava sofrendo com a cobertura agressiva dos tabloides sensacionalistas britânicos e precisava de ajuda psicológica, ela ouviu como resposta que isto "não seria bom para a instituição".
As confissões públicas de um casal que afirma defender a todo custo sua privacidade não convenceram os britânicos.
Uma pesquisa que ouviu 2.111 adultos no Reino Unido mostra que 47% dos entrevistados consideraram a entrevista "inadequada" e apenas 21% a aprovaram.
As declarações foram mais bem recebidas nos Estados Unidos, onde até a Casa Branca elogiou a "coragem" de Harry e Meghan ao "falar sobre suas próprias lutas com a saúde mental e relatar sua história pessoal".
No Reino Unido, o primeiro-ministro conservador Boris Johnson se limitou a afirmar que "sempre sentiu grande admiração pela rainha" e se negou a comentar a entrevista.