"Se nos basearmos somente na questão de saber quem respeitará seus interesses de novo em primeiro lugar, esta negociação pode se prolongar eternamente", declarou Serguei Lavrov, ministro russo das Relações Exteriores.
"Consideramos perfeitamente plausível o desenvolvimento de etapas sincronizadas e simultâneas que deverão ser seguidas tanto pelos iranianos como pelos americanos", disse, em declarações feitas durante uma visita oficial aos Emirados Árabes Unidos.
Em 2018, o ex-presidente americano Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo internacional assinado em 2015 e que a princípio deveria impedir que o Irã se dotasse da bomba atômica, e retomou as sanções contra a República Islâmica.
Em resposta, Teerã começou a violar algumas das disposições estabelecidas no acordo.
Por sua vez, o novo presidente americano Joe Biden se declarou disposto a voltar ao acordo "se" o Irã voltar a cumprir com todos os seus compromissos.
Mas ambos os lados se negam a dar o primeiro passo para revitalizar o pacto, preocupados com não parecerem muito frágeis.
Na semana passada, Estados Unidos reiterou que continua "disposto a se reunir com o Irã" para salvar o acordo sobre o programa nuclear. O Irã, no entanto, considera que o momento ainda não é "apropriado".