"Ter uma mulher nessa função pela primeira vez será importante para continuar nossa luta para eliminar a discriminação e a intimidação dentro de nossas Forças Armadas", disse Trudeau.
Ele estimou que os oficiais militares de alto escalão deveriam "avançar para acabar com os problemas de assédio e discriminação" em suas fileiras e permitir que as denúncias sejam ouvidas.
As medidas de seu governo "não foram muito longe e não avançaram com a rapidez necessária", admitiu.
Ele prometeu ir "mais rápido e mais longe" para garantir que "todos os que servem a seu país (...) possam trabalhar em total segurança".
A nomeação da tenente-general Frances Allen como vice-chefe de Estado-Maior ocorreu após denúncias de "má conduta sexual" contra o ex-chefe de Estado-Maior, o general Jonathan Vance, depois de sua aposentadoria no início deste ano.
Seu sucessor, o almirante Art McDonald, deixou o cargo no final de fevereiro, semanas após sua nomeação, devido a uma investigação da mesma natureza, segundo a imprensa.
As Forças Armadas canadenses foram acusadas várias vezes por esse problema nos últimos anos.
Em 2019, um tribunal validou um acordo pelo qual o governo prometeu indenizar centenas de homens e mulheres que denunciaram agressões ou assédio sexual no Exército.
As acusações coletivas foram apresentadas após uma investigação independente em que foi denunciada uma cultura "hostil" às mulheres e membros da comunidade LGBT nas fileiras militares.