Jornal Estado de Minas

SAN FRANCISCO

Hackers acessam câmeras de segurança de bancos, prisões e até da Tesla

Um coletivo de hackers americanos alegou ter acessado nesta terça-feira (9) imagens de 150 mil câmeras de segurança em bancos, prisões, escolas, na montadora Tesla e em outros lugares em uma operação para expor "o estado de vigilância".



Imagens capturadas de vídeos de vigilância hackeados foram postadas no Twitter com a hashtag #OperationPanopticon.

"E se acabarmos completamente com o capitalismo de vigilância em dois dias?", perguntou um suposto membro de um grupo chamado APT-69420 Arson Cats em meio a uma série de imagens postadas no Twitter.

"Esta é a ponta da ponta do iceberg", acrescentou.

O grupo de hackers alegou ter descoberto as credenciais da conta de um administrador sênior da empresa Verkada, do Vale do Silício, que controla uma plataforma de sistemas de segurança online.

"Desabilitamos todas as contas de administrador interno para evitar qualquer acesso não autorizado", disse um porta-voz da Verkada em resposta ao questionamento da AFP.

"Nossa equipe de segurança interna e a empresa de segurança externa estão investigando a escala e o escopo desse problema e notificamos as autoridades", continuou.

A Verkada acrescentou que notificou as empresas que atende em sua plataforma.

Imagens de câmeras de vigilância postadas no Twitter mostram celas de prisão e um homem com uma barba falsa dançando em um depósito de banco.

A violação do Verkada mostra o risco de terceirizar a vigilância de segurança e confiá-la a empresas que operam desde a nuvem da internet, de acordo com Rick Holland, diretor de segurança da informação da Digital Shadows, uma empresa de proteção de risco.



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