Confira uma relação com dez momentos cruciais da pandemia da COVID-19, desde o surgimento na China de uma doença então desconhecida, no final de 2019, até as atuais campanhas de vacinação:
Surgimento
Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebe a informação sobre a existência de preocupantes casos de uma pneumonia "de origem desconhecida" na cidade chinesa de Wuhan.
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De uma onda a outra, um ano de pandemia no mundoA resposta da OMS à pandemia: das críticas ao Nobel?Pazuello admite: matéria-prima é obstáculo no cronograma de vacinaçãoEm 23 de janeiro, Wuhan é isolada do mundo para tentar conter a epidemia. Vários países estão começando a repatriar seus cidadãos da China.
A primeira morte oficial fora da Ásia é registrada em 15 de fevereiro: um turista chinês hospitalizado na França.
Pandemia
Em 6 de março, a epidemia supera a marca de 100 mil casos no mundo. O primeiro país europeu afetado, a Itália, impõe um confinamento no norte, que mais tarde se estende para o restante do território.
Em 11 de março, a OMS classificou a covid-19 como uma pandemia. Os mercados financeiros afundam. Governos e bancos centrais anunciam as primeiras medidas em massa de apoio à economia.
Uma Europa entrincheirada
Em 16 de março, a Alemanha orienta sua população a "ficar em casa", e o Reino Unido, a evitar qualquer "contato social". Um dia depois, a França entra em confinamento. A União Europeia anuncia o fechamento de suas fronteiras externas.
Em 24 de março, os Jogos Olímpicos de Tóquio de julho de 2020 são adiados para o ano seguinte. Um dia depois, a ONU avisa que a pandemia "ameaça toda humanidade".
Metade da humanidade confinada
Medidas de confinamento são decretadas no mundo todo.
Em 2 de abril, mais de 3,9 bilhões de pessoas, ou seja, metade da humanidade, são obrigadas, ou orientadas, a cumprirem confinamento, de acordo com uma contagem da AFP. O limite de um milhão de casos foi ultrapassado.
Muitos setores sofrem as consequências da pandemia e anunciam fortes cortes em seu quadro de funcionários: do transporte aéreo à fabricação de automóveis, passando pelo turismo e pela grande distribuição.
Em 29 de abril, a fabricante de aviões norte-americana Boeing cortou 16.000 postos de trabalho.
A polêmica hidroxicloroquina
Promovida pelo professor francês Didier Raoult e apoiada pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a hidroxicloroquina é classificada como um tratamento ineficaz por um estudo internacional de grande alcance publicado em 22 de maio.
A publicação tem erros, porém, e acaba sendo retirada. Em 5 de junho, um teste britânico também conclui que o produto é ineficaz.
Forte avanço na América Latina
Em 7 de junho, a pandemia passa de 400.000 mortos e avança rapidamente na América Latina. O Brasil se torna o segundo país com mais óbitos, atrás dos Estados Unidos, enquanto seu presidente, Jair Bolsonaro, minimiza a doença, que ele chama de "gripezinha". Ele próprio acabará infectado, como Trump, assim como o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
Boicote às máscaras
O aumento dos casos leva vários países europeus a imporem o uso de máscaras nos transportes, nas ruas, escolas, ou empresas.
No final do verão, manifestações contra o uso de máscara são convocadas em Berlim, Londres, Paris e Roma.
Segunda e terceira ondas
Em 28 de setembro, supera-se o limite de um milhão de mortes. Na Europa, os contágios voltam a disparar em outubro, e vários países decretam, mais uma vez, medidas de confinamento e toques de recolher. As medidas são parcialmente suavizadas por ocasião das festas de fim de ano.
Os Estados Unidos mergulham em uma crise sanitária: em 13 de janeiro de 2021, são registradas 4.470 mortes em 24 horas. E, em 23 de fevereiro, chega-se a meio milhão de mortes, um número maior do que as vítimas na Primeira e Segunda Guerras Mundiais e na Guerra do Vietnã juntas.
Novas variantes
O aparecimento na Inglaterra de uma variante mais contagiosa obrigou Londres, em 5 de janeiro, a impor um novo confinamento. O restante da Europa endurece as restrições.
Outras variantes altamente contagiosas são detectadas no Brasil e na África do Sul.
O número de mortos duplica em menos de quatro meses e chega a dois milhões em 15 de janeiro de 2021.
Esperança nas vacinas
As campanhas de vacinação começaram em dezembro no Reino Unido, Rússia, Estados Unidos e União Europeia. A China está vacinando desde julho.
No início de março, a pandemia começa a dar sinais de desaceleração nos Estados Unidos, mas volta a crescer na Europa, e a América Latina ultrapassa a marca de 700.000 mortes em 9 de março.
Nessa data, mais de 300 milhões de doses foram administradas em todo mundo, e alguns países começam a flexibilizar as restrições.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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