Jornal Estado de Minas

COVID-19

Viúvo de vítima de COVID que usou cloroquina pede indenização aos EUA

Os tratamentos tidos como falhos para COVID-19 começaram a ser cobrados pelos americanos. Steve Cicala, de 58 anos, é a primeira pessoa a pedir uma reclamação ao fundo do governo dos Estados Unidos, usado para compensar ferimentos graves ou mortes causadas por tratamentos ou vacina na luta contra a pandemia





Ele é marido de Susan, que deu entrada no pronto-socorro do Clara Maass Medical Center, em Nova Jersey, em março do ano passado, para tratar um agravamento de tosse e febre, sem saber que estava infectada pelo novo coronavírus. Ela, com complicações na respiração e pressão arterial, tratou-se com azitromicina e hidroxicloroquina, e colocou um respirador.

Onze dias depois de ser admitida no mesmo hospital onde trabalhou como enfermeira, Susan morreu, aos 60 anos, vítima de uma parada cardíaca em decorrência do uso dos medicamentos. Steve Cicala não alega negligência hospitalar, e poderia receber cerca de US $ 367 mil do fundo virtualmente inexplorado, se pudesse mostrar o tratamento que causou a morte da esposa.

O programa do governo americando, chamado de Programa de Compensação de Lesões de Contramedidas (CICP), supervisionado pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), negou a compensação em 90% dos casos registrados antes da pandemia, principalmente para vacinas contra a gripe H1N1. 





De acordo com informações divulgadas pela agência de notícias Reuters, cerca de 48 reclamações já foram feitas neste ano e estavam pendentes até 16 de fevereiro, por ferimentos graves e mortes por vacinas, ventiladores e drogas no tratamento contra a COVID-19.

No Brasil, apesar de comprovada a ineficácia, o tratamento adotado no quadro de Susan, com o uso de azitromicina e hidroxicloroquina nos casos de COVID-19, é amplamente defendido pelo presidente do país, Jair Bolsonaro (sem partido). Nos Estados Unidos, o tratamento também era defendido pelo ex-presidente Donald Trump.

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