"A comunidade internacional, incluindo os atores regionais, deve se unir em solidariedade com o povo birmanês e suas aspirações democráticas", afirmou Schraner Burgener em um comunicado.
A emissária da ONU disse que o exército birmanês está desafiando os apelos internacionais por moderação e que seus contatos dentro do país lhe deram "relatos dolorosos de assassinatos e maus-tratos a manifestantes, bem como de tortura de prisioneiros".
"A brutalidade contínua, inclusive contra os profissionais da saúde, e a destruição da infraestrutura pública mina seriamente qualquer perspectiva de paz e estabilidade", continuou.
A junta militar de Mianmar impôs a lei marcial na noite deste domingo em dois municípios densamente povoados em Yangon.
Mais de 80 pessoas foram mortas em protestos em massa desde que os militares derrubaram a líder civil Aung San Suu Kyi, um número que deve aumentar dramaticamente após a violência de domingo.
A junta militar justificou a tomada de poder alegando fraude nas eleições de novembro, nas quais o partido Liga Nacional para a Democracia, de Suu Kyi, venceu com ampla vantagem.