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Estado de Minas GENEBRA

Regulador europeu mantém confiança nos benefícios da vacina da AstraZeneca


16/03/2021 12:21 - atualizado 16/03/2021 12:27

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) continua "firmemente convencida" dos benefícios da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 - anunciou sua diretora-executiva, Emer Cooke, nesta terça-feira (16), apesar dos temores sobre possíveis efeitos colaterais até agora não demonstrados.

"Seguimos firmemente convencidos de que os benefícios da vacina da AstraZeneca na prevenção da covid-19, com seu risco associado de hospitalização e morte, superam os riscos sobre estes efeitos colaterais", disse Emer, em coletiva de imprensa.

Pelo menos 15 países, incluindo Alemanha, Espanha, França e Itália, suspenderam o uso da vacina da AstraZeneca preventivamente, depois que problemas sanguíneos foram relatados em pessoas vacinadas, como dificuldades de coagulação.

"Até o momento, não há provas de que a vacinação tenha causado essas afecções. Não apareceram nos testes clínicos e não contam como efeitos colaterais conhecidos, ou esperados", disse Cooke, acrescentando que a EMA leva a situação "muito a sério".

Ao ser questionada sobre as vacinas da e da Moderna, Emer Cooke afirmou que estão sendo analisados os efeitos adversos graves em "todas as vacinas".

O comitê de segurança da EMA se reuniu ontem, em sua sede em Amsterdã, para avaliar novas informações e deve chegar a uma conclusão durante uma reunião especial na quinta-feira (18).

O grupo de especialistas em vacinação da Organização Mundial da Saúde (OMS) também se reúne nesta terça-feira para discutir o imunizante desenvolvido pelo laboratório sueco-britânico em parceria com a Universidade de Oxford, após a suspensão anunciada por vários países da Europa, continente que superou 900.000 mortes provocadas pela covid-19.

Para evitar a desaceleração das campanhas de imunização, os governos se apressam a comprar outras vacinas: o Brasil, onde a pandemia não dá trégua, anunciou a aquisição de 100 milhões de doses da enquanto a União Europeia estabeleceu com estes laboratórios uma "aceleração" da entrega de 10 milhões de doses.

- "Sem vínculo" -

"Não queremos que as pessoas entrem em pânico e, por enquanto, recomendamos que os países continuem a vacinar com a AstraZeneca", disse a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan.

"Até agora, não encontramos uma ligação entre estes eventos e a vacina", acrescentou.

No Reino Unido, que já aplicou a primeira dose (da AstraZeneca ou em quase 24,5 milhões de pessoas, o primeiro-ministro Boris Johnson reafirmou que a vacina desenvolvida pela AstraZeneca com cientistas da Universidade de Oxford era "segura" e "extremamente" eficaz.

Além das dúvidas a respeito dos efeitos colaterais do fármaco, se somam os problemas de fornecimento do laboratório para a União Europeia e o bloco "não descarta" apresentar um recurso judicial contra o grupo farmacêutico, afirmou nesta terça-feira o secretário de Estado francês de Assuntos Europeus, Clément Beaune.

Em outras regiões do mundo, alguns países também decidiram suspender a aplicação da vacina.

Na América Latina, o governo da Venezuela anunciou que não permitirá o uso, "em razão das situações, complicações, apresentadas", segundo as palavras da vice-presidente Delcy Rodríguez.

A Indonésia, quarto país mais populoso do mundo, também anunciou o adiamento da campanha com o imunizante da AstraZeneca.

Mas em outra nação do sudeste asiático, a Tailândia, onde o uso também estava suspenso, nesta terça-feira a vacina começou a ser aplicada. O primeiro-ministro, Prayut Chan-O-Cha recebeu a primeira dose.

- 100 milhões de doses para o Brasil -

No Brasil, o segundo país do mundo mais afetado pelo vírus com quase 280.000 mortes, o governo espera acelerar a campanha de vacinação, muito lenta atualmente, com a compra de 100 milhões de doses do fármaco da que serão entregues até setembro.

O país também anunciou a compra de 38 milhões de unidades da Johnson & Johnson, o que eleva o total encomendas a 562,9 milhões de doses até o fim do ano.

As polêmicas prosseguem no governo de Jair Bolsonaro, que anunciou o cardiologista Marcelo Queiroga como ministro da Saúde, o quarto a ocupar o cargo em menos de um ano, para substituir o general Eduardo Pazuello.

A segunda onda da pandemia está em plena ascensão no Brasil, com uma média semanal de mais de 1.800 mortos por dia (contra 703 no começo do ano), um crescimento potencializado por uma nova cepa do coronavírus, pelo menos duas vezes mais contagiosa.

São Paulo iniciou na segunda-feira duas semanas de restrições severas, com toque de recolher noturno, para enfrentar "o momento mais crítico" da pandemia, segundo o governador João Doria.

O Chile voltou a impor quarentena em nove municípios de Santiago depois de registrar pelo quinto dia consecutivo mais de 5.000 novas infecções, quando o país se aproxima das cinco milhões de pessoas vacinadas.

Em todo o mundo, a covid-19 matou mais de 2,6 milhões de pessoas e infectou mais de 122 milhões.

Na Europa, continente mais afetado pela pandemia e que nesta terça-feira superou a marca de 900.000 óbitos, o aumento de contágios obrigou a imposição de novas restrições.

Na França, os cientistas anunciaram a detecção de uma nova variante na região da Bretanha (oeste) e investigam se é mais transmissível e perigosa.

- Testes em crianças -

Neste contexto, a empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou nesta terça que começou os testes clínicos de sua vacina contra a covid-19 em crianças com entre 6 meses a 12 anos, e que espera envolver cerca de 6.750 participantes.

"Estamos felizes em iniciar este estudo de fase do mRNA-1273 [o nome de sua vacina] em crianças saudáveis nos Estados Unidos e Canadá", declarou o CEO da empresa, Stephane Bancel, em um comunicado.

"Este estudo pediátrico nos ajudará a avaliar a possível segurança e imunogenicidade (capacidade de induzir a produção de anticorpos) de nossa vacina candidata contra a covid-19 nesta importante população dos menores de idade".

ASTRAZENECA

JOHNSON & JOHNSON


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