"A Procuradoria Geral da República de El Salvador executa ordem de busca nas instalações da Assembleia Nacional, como diligência de investigação por cargos irregulares", anunciou a instituição em sua conta no Twitter.
A operação, autorizada por um tribunal de San Salvador, vai durar pelo menos três dias, anunciou o chefe da Unidade Anticorrupção da Procuradoria, Germán Arriaza, que conduziu o procedimento na casa legislativa.
O objetivo é "coletar todas as informações que nos permitam apurar se há pessoas que estão contratadas nesta instituição e não estão realizando suas atividades laborais", disse Arriaza.
O sindicato dos trabalhadores do Congresso denunciou recentemente que havia no órgão pelo menos 1.000 funcionários fantasmas, ou seja, pessoas que não iam trabalhar, mas recebiam salários.
Arriaza explicou aos jornalistas que a Procuradoria já havia antes compilado provas que foram apresentadas à 5ª Vara de Paz de San Salvador, para autorizar a busca.
O procurador-geral, Raúl Melara, afirmou que se decidiu pela abertura de inquérito ao saber que até mesmo membros da mesa diretora do Congresso reconheceram que lá "tem existido" a prática de "empregos fantasmas" por parte de grupos parlamentares dos partidos políticos.
O Parlamento atual, dominado pelas forças opositoras do Aliança Republicana Nacionalista (Arena) e da ex-guerrilha Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), será substituído em 1º de maio pela nova legislatura, eleita em 28 de fevereiro.
Na nova Assembleia Nacional, terá maioria o partido Novas Ideias, fiel ao presidente Nayib Bukele, que promoveu sua formação. O presidente foi eleito pelo partido Grande Aliança pela Unidade Nacional (GANA), com o qual mantém aliança.