Questionado pelo jornalista sobre se achava que o presidente russo "é um assassino", Biden responde: "Sim, acho".
A declaração marca um grande contraste com a firme recusa de seu predecessor, Donald Trump, de dizer algo negativo sobre Putin.
Biden disse que falou com o presidente russo em janeiro, depois de tomar posse.
"Tivemos uma longa conversa, eu e ele. Eu o conheço relativamente bem", contou Biden, que foi vice-presidente de Barack Obama (2009-2017).
"Eu disse a ele: 'conheço você e você me conhece. Se ficar confirmado que isso aconteceu, se prepare'", relatou o político americano.
Biden não especificou se estava se referindo à interferência da Rússia nas eleições americanas, ou a outros comportamentos questionados pelos Estados Unidos, como o envenenamento e prisão do opositor russo Alexei Navalny.
O presidente da Câmara Baixa russa, Viatcheslav Volodin, reagiu em sua conta no aplicativo Telegram, afirmando que a declaração é um "ataque" à Rússia.
"É a histeria decorrente da impotência. Putin é nosso presidente, e um ataque contra ele é um ataque contra o nosso país", escreveu o influente Volodin, um político próximo do presidente russo que foi número 2 na administração presidencial russa entre 2011 e 2016.
"Biden insultou os cidadãos do nosso país com sua declaração", completou.
Esta foi a primeira reação de um alto funcionário russo às declarações de Biden.