A votação foi unânime (98-0), um raro exemplo de unidade na polarizada política em Washington.
Advogada especializada em comércio, que trabalhou como assessora legislativa durante anos, Tai assumirá o cargo de representante comercial dos Estados Unidos com o compromisso de reparar as relações comerciais com os aliados americanos, desgastadas pelas políticas de linha dura do ex-presidente Donald Trump.
Mas em suas audiências de confirmação, ela também defendeu o uso de tarifas alfandegárias como uma ferramenta valiosa de negociação e prometeu aplicar estritamente os acordos comerciais existentes, inclusive com a China.
Filha de pais taiwaneses, Tai assegurou que vai trabalhar para garantir que a China cumpra seus compromissos do acordo comercial assinado em janeiro de 2020 entre Pequim e Washington, após uma guerra alfandegária bilateral.
No entanto, disse ser partidária de uma "revisão integral sobre a China" e da estratégia dos Estados Unidos com relação ao país asiático.
Tai manifestou, ainda, o desejo de pôr fim ao velho conflito entre os Estados Unidos e a União Europeia sobre os subsídios ao setor aeronáutico, que se traduziram em tarifas alfandegárias recíprocas.
Por outro lado, ela destacou a necessidade de reformar a Organização Mundial do Comércio, uma instituição da qual os Estados Unidos foram membros fundadores, mas foi duramente atingida pelo governo Trump.
A funcionária também vigiará a aplicação do acordo comercial Estados Unidos-México-Canadá, que ajudou a renegociar em 2019.
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