A erupção do vulcão Fagradalsfjall, na Islândia, gerou imagens impressionantes de rios de lava e um brilho incandescente visível de Reykjavik, capital do país.
O serviço meteorológico do país alertou o público sobre queda de pedras e deslizamentos de terra quando começou a erupção do vulcão, localizado no vale Geldingardalur, na península de Reykjanes.As imagens mais chocantes da erupção, mostrando rios de lava sinuosos, foram feitas de um helicóptero da Guarda Costeira islandesa.
A new video of the eruption at Geldingardalur valley in Reykjanes peninsula. Taken from the Coast Guard helicopter. #Reykjanes #Eruption #Fagradalsfjall pic.twitter.com/B862heMzQL
— Icelandic Meteorological Office - IMO (@Vedurstofan) March 19, 2021
Esta erupção ocorre depois de a área ter registrado mais de 50 mil tremores nas últimas três semanas.
Em 2010, a erupção de outro vulcão, o Eyjafjallajokull, interrompeu o tráfego aéreo em toda a Europa. Já a erupção do Fagradalsfjall, no entanto, não deve afetar a aviação.
O Escritório Meteorológico da Islândia revelou que a erupção do Fagradalsfjall foi confirmada na noite de sexta-feira por meio de webcams e imagens de satélite. Poucas horas antes, um terremoto de magnitude 3,1 foi identificado a 1,2 km do vulcão.
Na últimas semanas, moradores de Grindavik, cidade pesqueira com 3,5 mil habitantes no sudeste da Islândia, reclamaram que não conseguiam dormir. Não por algum desconforto físico ou mental, mas sim pela quantidade de tremores registrados recentemente, que os têm acordado durante a noite. A frequência de tremores aumentou consideravelmente desde o ano passado e drasticamente no último mês.
Em 2019, foram registrados 3,4 mil tremores. Em 2020, aconteceram 34 mil. E desde 24 de fevereiro deste ano dois terremotos de magnitude maior que 5 foram seguidos por uma série de tremores intensos, totalizando mais de 50 mil até meados de março.
A causa dos tremores nas últimas semanas na Islândia se deve ao movimento de grandes massas de rocha derretida, conhecida como magma.
O magma está se movendo a um quilômetro abaixo da península, tentando encontrar um caminho para a superfície.
"Em termos gerais, essa atividade sísmica está associada à atividade vulcânica do local", afirma um funcionário do departamento de informação do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
É um fenômeno diferente do que acontece em outros lugares conhecidos por fortes terremotos, como México e Chile.
"Esses terremotos ocorrem devido a falhas nas zonas de subducção", explica o especialista do USGS. "É quando duas placas tectônicas se encontram e uma empurra a outra."
Uma das maiores zonas de subducção fica no Oceano Pacífico — o chamado "cinturão de fogo" —, que abrange vários países da América Latina.
A pressão das placas gera uma tensão que é liberada com terremotos devastadores.
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