"A fronteira está fechada": Na defensiva e apontado por ter causado a chegada de milhares de migrantes, o governo Joe Biden empregou neste domingo (21/03) todas as suas forças para demonstrar sua capacidade de lidar com sua primeira grande crise. O presidente dos Estados Unidos foi escolhido especialmente por suas promessas de enfrentamento da pandemia de COVID-19 e da crise econômica que ela gerou.
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Presidente do México promete dobrar valor de aposentadorias até 2024Milhares protestam nos EUA contra o racismo contra asiáticosTrump lançará sua própria rede social, diz ex-assessorPrimeiro latino responsável pela política de imigração dos Estados Unidos, Mayorkas reconheceu em meados de março que um fluxo histórico de migrantes, o mais importante em 20 anos, deveria chegar à fronteira entre o México e os Estados Unidos.
O líder está no centro das críticas por sua mensagem aos migrantes da América Central de que "este não é o momento" de vir aos Estados Unidos, já que o novo governo está reconstruindo o sistema de imigração "desmantelado" pelo ex-presidente Donald Trump.
"É muito irresponsável", disse o congressista republicano do Texas Michael McCaul na ABC neste domingo, acreditando que suas declarações deram aos migrantes a impressão de que eram bem-vindos.
Biden visitará fronteira com o México
O próprio Biden prometeu neste domingo visitar a fronteira e disse estar intensificando a mensagem aos migrantes para que fiquem em casa. "Estamos no processo de fazer isso agora, incluindo a garantir que vamos restabelecer o que existia antes, que era - eles podem ficar onde estão e defender seu caso em seu país", afirmou ele a repórteres.Menores desacompanhados
Os legisladores democratas deste estado fronteiriço também lamentaram a mensagem do governo. Vários migrantes relatam à AFP ao chegarem aos Estados Unidos que, em parte, viajaram devido à promessa de Biden de implementar uma política mais "humana".O governo democrata agora tenta retificar sua mensagem e evitar falar em "crise" referindo-se apenas a "problemas na fronteira". "Posso dizer com clareza: não venham", lançou terça-feira o presidente aos que pensam em viajar.
Além da chegada de migrantes, o destino dos menores desacompanhados está no centro da polêmica. Biden prometeu acabar com "uma vergonha moral e nacional" herdada de seu antecessor, referindo-se à separação de milhares de famílias de migrantes, das quais centenas ainda não se reuniram.
Mas, apesar de os filhos não estarem mais sendo separados dos pais, os Estados Unidos se deparam com a chegada de um número significativo de menores desacompanhados.
"Tomamos a decisão de não expulsar crianças vulneráveis", reafirmou Mayorkas na CNN no domingo.
5,2 mil crianças em centro para adultos
O oficial não negou o número de 5.200 crianças atualmente em centros para adultos nas fronteiras, bem acima do pico registrado sob a presidência de Trump. Mais de 600 estão há mais de 10 dias, apesar de a lei só autorizar um período máximo de três dias.O senador democrata Chris Murphy contou na sexta-feira, depois de visitar um desses centros, que "centenas de crianças" foram "amontoadas em grandes salas abertas". "Tive de conter as lágrimas quando uma menina de 13 anos começou a chorar inconsolável", "contando como ficou assustada depois de ser separada da avó e sem os pais", que estavam nos Estados Unidos, ele tuitou.
"Trabalhamos noite e dia para mover essas crianças desses centros na fronteira para abrigos administrados pelo Departamento de Saúde", disse Mayorkas, novamente destacando que herdaram um sistema "devastado" pelo governo Trump.
"Inauguramos três novos centros na semana passada", "estamos executando nosso plano, isso leva tempo, é difícil", reconheceu, sem dar mais detalhes sobre esse "plano" nem se comprometer com um calendário.
Tanto na conservadora rede Fox News, quanto na CNN - mais próxima dos democratas - o secretário foi questionado sobre a falta de acesso da imprensa aos centros de fronteira onde estão essas crianças.
"Durante a presidência de Trump, jornalistas foram autorizados a entrar nesses centros", reclamou a jornalista Dana Bash na CNN.
Mayorkas aludiu à pandemia para justificar as restrições.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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