A EMA "concluiu que os dados disponíveis não apoiam seu uso para a covid-19 fora dos ensaios clínicos", declarou a agência com sede em Amsterdã em um comunicado.
Mais estudos "são necessários para tirar conclusões sobre a eficácia e segurança do produto na prevenção e tratamento da covid-19", acrescentou a EMA.
A eficácia da ivermectina contra o coronavírus, às vezes apresentada nas redes sociais como um remédio "milagroso", não foi comprovada cientificamente.
O uso desse medicamento como tratamento contra a covid-19 também não está autorizado na União Europeia, e a EMA não recebeu "pedido para tal uso", disse o regulador europeu.
"Estudos em laboratório mostraram que a ivermectina pode bloquear a replicação do SARS-CoV-2 (vírus causador da covid-19), mas em concentrações muito superiores às obtidas com as doses atualmente autorizadas", explicou a EMA.
Os efeitos adversos e possível toxicidade, portanto, não podem ser excluídos com essas doses, acrescentou a agência.