A cúpula, prevista para 22 e 23 de abril, será realizada virtualmente por causa da pandemia, e a Casa Branca informou que será transmitida ao público pela internet.
Biden declarou a repórteres que "ainda não falou" com Xi ou Putin. "Mas eles sabem que estão convidados", afirmou.
Embora o presidente americano queira mostrar-se firme contra a China e a Rússia, ele também busca cooperar junto a essas potências rivais nos desafios em comum, especialmente na luta contra as mudanças climáticas.
Entre os países convidados estão as potências que compõem junto aos EUA o G7 (Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido), além de cinco países latino-americanos: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México.
Este fórum terá como objetivo marcar o retorno de Washington à vanguarda da luta contra as mudanças climáticas, depois que o governo Donald Trump deixou o Acordo de Paris.
Este acordo busca limitar o aquecimento global a 2º Celsius acima dos níveis pré-industriais e continuar os esforços para reduzi-lo a 1,5ºC.
Cumprindo sua promessa de campanha, Biden decretou no primeiro dia do seu mandato o retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris sobre o Clima.
A reincorporação dos Estados Unidos - os maiores emissores de CO2 do mundo - foi efetivada em 19 de fevereiro. Quase todos os países do mundo integram o pacto assinado em 2015.
- Objetivos ambiciosos -
O novo líder democrata anunciou sua intenção de organizar o encontro para coincidir com o Dia da Terra, em 22 de abril, e antes da cúpula da ONU, COP26, marcada para novembro em Glasgow, na Escócia.
"A cúpula de líderes sobre o clima ressaltará a urgência - e o benefício econômico - de uma ação climática mais enérgica", afirmou a Casa Branca em um comunicado, no qual informou que os Estados Unidos aproveitarão a ocasião para anunciar uma "ambiciosa" meta de emissões de C02 para o ano 2030.
Biden se comprometeu a zerar as emissões do setor de energia dos Estados Unidos até 2035 e a alcançar a neutralidade de carbono na economia do país até 2050.
"A cúpula do clima criará bons empregos, promoverá tecnologias inovadoras e ajudará os países vulneráveis a se adaptarem aos impactos do clima", acrescentou o governo dos Estados Unidos.