Os quatro leopardos de Amur, batizados em homenagem ao rio que corre entre a Rússia e a China, foram filmados em um parque nacional no Extremo Oriente russo que divulgou as imagens nesta sexta-feira (26).
Os felinos podem ser vistos de pé em uma elevação rochosa com vista para uma floresta. A mãe, à espreita, talvez tendo avistado outro animal, sai de cena. Então, seus três filhotes a observam em silêncio por mais de um minuto.
Segundo Ivan Rakov, porta-voz do parque "Terra dos Leopardos", criado em 2012 e localizado na região russa de Primorye, esta é a primeira vez que esta fêmea é filmada com seus filhotes.
"Descobrimos que ela era capaz de criar uma família", disse Rakov à AFP, observando que é a "primeira ninhada" desta mãe chamada "Leo 117F", que tem cerca de quatro anos de idade.
Segundo Rakov, criar uma ninhada tão grande não é uma tarefa fácil e requer "muito espaço e comida".
Conhecidos por suas habilidades de escalada, os leopardos de Amur são considerados os grandes felinos mais raros do mundo e estão em perigo de extinção, de acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza.
Nos últimos anos, as medidas tomadas pelas autoridades russas e chinesas contra o desmatamento e a caça ilegal levaram a um aumento significativo em seu número. Sua população é estimada atualmente em mais de 100 indivíduos na Rússia, contra cerca de 35 20 anos atrás.
Para Ivan Rakov, o leopardo de Amur, "voltou dos mortos".
Por muito tempo, esses leopardos foram objeto de intensa caça, pois a medicina chinesa lhes atribuía virtudes terapêuticas.
"Pelo menos 80% de seu hábitat está agora sob vigilância", diz Kostyria, observando que a população de veados, alimento favorito dos felinos, aumentou neste território.
MOSCOU