Trajes de neoprene para a água fria e mantas para deitar sobre o gramado úmido. Os ingleses recuperaram nesta segunda-feira (29/3) uma liberdade limitada, que permite encontros em pequenos grupos a céu aberto e a prática de esportes ao ar livre, como parte de uma prudente flexibilização do confinamento por causa da pandemia de COVID-19.
"Somente graças a meses de sacrifício e esforço podemos dar este pequeno passo em direção à liberdade hoje e devemos proceder com cautela", alertou o primeiro-ministro, Boris Johnson, em uma entrevista coletiva televisionada.
Por enfrentar uma variante muito mais contagiosa do coronavírus detectada no sul da Inglaterra no fim de 2020, Londres fechou locais de lazer e estabelecimentos comerciais em dezembro e decidiu não reabrir as escolas após o recesso de Natal.
Graças a uma redução drástica no número de mortos (23 na segunda-feira) e contágios diários (4.654) a uma campanha de vacinação de sucesso, que já administrou a primeira dose em 30,5 milhões de pessoas (60% dos adultos do país), o terceiro confinamento nacional começou a ser flexibilizado de maneira lenta em 8 de março, com o retorno dos alunos às salas de aula.
O progressivo desconfinamento, que deve continuar até o fim de junho, entrou em uma nova fase nesta segunda-feira com a autorização para organizar reuniões de até seis pessoas em locais abertos como parques, ou jardins particulares, e a reabertura de áreas de golfe, tênis e piscinas descobertas, apesar da baixa temperatura da água.
Com trajes completos de neoprene – ou, no caso dos mais corajosos, sem as roupas especiais –, algumas pessoas nadavam desde cedo ao lado de cisnes nos lagos dos parques londrinos.
"Não nadamos desde 5 de janeiro, sendo assim temos muita vontade de voltar à água", disse à AFP Jessica Walker, enrolada em uma toalha com a bandeira britânica na piscina externa de Hillingdon, no noroeste de Londres.
"É muito estimulante, é absolutamente fantástico tanto para a saúde mental quanto a física", acrescentou, desfrutando de um clima incomumente quente e ensolarado, que à tarde fez proliferarem piqueniques sobre o gramado úmido dos parques.
O governo continua estimulando o teletrabalho e evitar os transportes públicos, mas também está legalmente suspensa a ordem para "ficar em casa" no país mais afetado da Europa pela pandemia.
Até agora, são mais de 126.600 mortes confirmadas por COVID-19.
A polícia londrina insistiu em que "todas as grandes reuniões" continuam proibidas e prometeu atuar rapidamente contra as festas em locais fechados e encontros com multidões.
E Johnson pediu nesta segunda-feira que não haja muito relaxamento nas medidas e que continuem respeitando as restrições, para não ter que reimpor um confinamento com graves consequências econômicas e psicológicas.
Parabenizando o fato de que no domingo foi registrado "o menor número de novos contágios em seis meses" (menos de 4.000) e pela redução nas mortes e internações hospitalares, Johnson alertou que a "onda de infecções continua crescendo" no continente europeu e variantes novas e mais resistentes à vacina podem chegar ao Reino Unido.
O país, que administrou até agora as vacinas e enfrenta uma redução no abastecimento dos fármacos justamente no momento de aplicar a segunda dose (até agora aplicadas em 6 milhões de pessoas).
Mas o governo espera a entrega em abril de 17 milhões de doses de uma terceira vacina, a do laboratório americano Moderna, e nesta segunda-feira Johnson anunciou ter chegado a um acordo com o laboratório GlaxoSmithKline para enviar à Inglaterra as vacinas desenvolvidas pela Novavax.
Isso "nos fornece entre 50 e 60 milhões de doses de vacinas fabricadas no Reino Unido", desde que seja aprovado pelo regulador britânico para uso, afirmou.
Permanecem proibidas as viagens ao exterior. Segundo o plano do governo, elas voltarão a ser permitidas, na melhor das hipóteses, a partir de 17 de maio.
Embora o primeiro-ministro prometeu dar mais informações por volta de 5 de abril.
"Somente graças a meses de sacrifício e esforço podemos dar este pequeno passo em direção à liberdade hoje e devemos proceder com cautela", alertou o primeiro-ministro, Boris Johnson, em uma entrevista coletiva televisionada.
Por enfrentar uma variante muito mais contagiosa do coronavírus detectada no sul da Inglaterra no fim de 2020, Londres fechou locais de lazer e estabelecimentos comerciais em dezembro e decidiu não reabrir as escolas após o recesso de Natal.
Graças a uma redução drástica no número de mortos (23 na segunda-feira) e contágios diários (4.654) a uma campanha de vacinação de sucesso, que já administrou a primeira dose em 30,5 milhões de pessoas (60% dos adultos do país), o terceiro confinamento nacional começou a ser flexibilizado de maneira lenta em 8 de março, com o retorno dos alunos às salas de aula.
O progressivo desconfinamento, que deve continuar até o fim de junho, entrou em uma nova fase nesta segunda-feira com a autorização para organizar reuniões de até seis pessoas em locais abertos como parques, ou jardins particulares, e a reabertura de áreas de golfe, tênis e piscinas descobertas, apesar da baixa temperatura da água.
Com trajes completos de neoprene – ou, no caso dos mais corajosos, sem as roupas especiais –, algumas pessoas nadavam desde cedo ao lado de cisnes nos lagos dos parques londrinos.
"Não nadamos desde 5 de janeiro, sendo assim temos muita vontade de voltar à água", disse à AFP Jessica Walker, enrolada em uma toalha com a bandeira britânica na piscina externa de Hillingdon, no noroeste de Londres.
"É muito estimulante, é absolutamente fantástico tanto para a saúde mental quanto a física", acrescentou, desfrutando de um clima incomumente quente e ensolarado, que à tarde fez proliferarem piqueniques sobre o gramado úmido dos parques.
O governo continua estimulando o teletrabalho e evitar os transportes públicos, mas também está legalmente suspensa a ordem para "ficar em casa" no país mais afetado da Europa pela pandemia.
Até agora, são mais de 126.600 mortes confirmadas por COVID-19.
Apelos à prudência
A polícia londrina insistiu em que "todas as grandes reuniões" continuam proibidas e prometeu atuar rapidamente contra as festas em locais fechados e encontros com multidões.
E Johnson pediu nesta segunda-feira que não haja muito relaxamento nas medidas e que continuem respeitando as restrições, para não ter que reimpor um confinamento com graves consequências econômicas e psicológicas.
Parabenizando o fato de que no domingo foi registrado "o menor número de novos contágios em seis meses" (menos de 4.000) e pela redução nas mortes e internações hospitalares, Johnson alertou que a "onda de infecções continua crescendo" no continente europeu e variantes novas e mais resistentes à vacina podem chegar ao Reino Unido.
O país, que administrou até agora as vacinas e enfrenta uma redução no abastecimento dos fármacos justamente no momento de aplicar a segunda dose (até agora aplicadas em 6 milhões de pessoas).
Mas o governo espera a entrega em abril de 17 milhões de doses de uma terceira vacina, a do laboratório americano Moderna, e nesta segunda-feira Johnson anunciou ter chegado a um acordo com o laboratório GlaxoSmithKline para enviar à Inglaterra as vacinas desenvolvidas pela Novavax.
Isso "nos fornece entre 50 e 60 milhões de doses de vacinas fabricadas no Reino Unido", desde que seja aprovado pelo regulador britânico para uso, afirmou.
Viagens ainda proibidas
O próximo passo rumo ao fim do confinamento na Inglaterra está previsto para 12 de abril, com a reabertura de áreas externas de bares e restaurantes, assim como estabelecimentos não essenciais, inclusive salões de cabeleireiro.Permanecem proibidas as viagens ao exterior. Segundo o plano do governo, elas voltarão a ser permitidas, na melhor das hipóteses, a partir de 17 de maio.
Embora o primeiro-ministro prometeu dar mais informações por volta de 5 de abril.