Jornal Estado de Minas

ROMA

Espião italiano em favor da Rússia teve acesso limitado a segredos

O capitão da Marinha italiana preso na semana passada por espionagem a favor da Rússia tinha acesso limitado a segredos militares nacionais e da Otan, disse o ministro da Defesa, Lorenzo Guerini, nesta quinta-feira (8).



Walter Biot, um capitão de fragata de 56 anos, que trabalhava no Estado-Maior da Defesa em Roma, foi preso enquanto entregava documentos confidenciais a um soldado russo em troca de 5.000 euros.

"Ele tinha acesso a 'documentos confidenciais', mas não tinha posto na hierarquia para obter informações detalhadas sobre as operações militares. Ele podia ver documentos e avaliações da política militar, mas não tinha nenhum material relacionado à gestão de operações ou detalhes das capacidades nacionais e da Otan", explicou o ministro durante uma audiência perante o Parlamento.

Foi a primeira vez que o ministro da Defesa se referiu ao tema da espionagem.

De acordo com a mídia italiana, a polícia encontrou 181 fotos de documentos confidenciais em um cartão de memória móvel que o capitão deu a seu contato russo.

Após sua prisão, a Itália convocou o embaixador russo em Roma para protestar e expulsou dois militares da embaixada russa.

A esposa de Biot, Claudia Carbonara, disse ao jornal Il Corriere della Sera que seu marido precisava "desesperadamente" de dinheiro porque seu salário mensal não era suficiente para sustentar sua família de quatro filhos.

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