O primeiro-ministro britânico Boris Johnson liderou nesta sexta-feira (9/4) uma homenagem de toda a nação ao príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, que morreu aos 99 anos, elogiando sua "vida e trabalho extraordinários".
O duque de Edimburgo "conquistou o afeto de gerações" em seu país e em toda a Comunidade Britânica, composta por dezenas de países, depois de servir por quase sete décadas como consorte real mais longevo do Reino Unido, disse Johnson.
Leia Mais
Monarquias e líderes mundiais homenageiam príncipe PhilipEm Windsor e Buckingham, os britânicos choram a partida do príncipe PhilipMorte do príncipe Philip não altera sucessão ao trono britânicoJohnson: agência europeia examina coágulos que seriam vinculados à vacina"Como o hábil motorista de carruagens que era, ajudou a conduzir a família real e a monarquia a permanecer uma instituição indiscutivelmente vital para o equilíbrio e a felicidade de nossa vida nacional", afirmou.
Leia também: Monarquias e líderes mundiais homenageiam príncipe Philip
Líderes de todo o espectro político britânico se juntaram a Johnson para homenagear Philip, que faleceu no Castelo de Windsor nesta sexta-feira.
O líder da oposição trabalhista Keir Starmer o saudou como "um extraordinário servidor público" e chamou seu casamento de sete décadas com Elizabeth II de "um símbolo de força, estabilidade e esperança".
"Foi uma parceria que inspirou milhões de pessoas na Grã-Bretanha e além".
Da Califórnia, onde se estabeleceram após deixarem suas funções na realeza britânica no ano passado, o príncipe Harry e sua esposa Meghan Markle publicaram uma mensagem no site de sua fundação Archewell "em memória de seu amado" avô a quem agradeceram "por seus serviços".
"Profundo pesar"
O ex-primeiro-ministro trabalhista Tony Blair considerou natural que Philip "seja amplamente reconhecido como um notável e forte apoiador da rainha por tantos anos".
"No entanto, ele também deve ser lembrado e celebrado por seu próprio direito como um homem com visão de futuro, determinado e corajoso", acrescentou.
Ele foi mais tarde acompanhado pelos ex-primeiros-ministros conservadores John Major e Theresa May.
Os chefes dos governos autônomos do Reino Unido também enviaram publicamente suas condolências à monarca.
A primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon disse estar "triste com a notícia". E os principais partidos políticos da região suspenderam a campanha para as legislativas regionais de 6 de maio, na qual os independentistas esperam obter uma maioria absoluta que apoie seu projeto separatista.
Da Irlanda do Norte, abalada por uma onda de violência sem precedentes em anos, a primeira-ministra unionista Arlene Foster ofereceu suas condolências à rainha.
E o chefe do Executivo galês, Mark Drakeford, enfatizou que o príncipe "serviu à coroa com devoção altruísta".
"Sei que posso dizer em nome de todos os londrinos que sempre seremos gratos pela contribuição que Sua Alteza Real fez à nossa cidade e ao nosso país", disse o prefeito de Londres, Sadiq Khan, observando que Philip lutou "pelas liberdades que valorizamos hoje" bdurante a Segunda Guerra Mundial como oficial da Marinha.
Justin Welby, arcebispo de Canterbury, líder espiritual da Igreja Anglicana, disse que orou para que Deus conforte a rainha, que é a chefe da Igreja da Inglaterra.
"Sentiremos muita falta da presença e do caráter do príncipe Philip, tão cheio de vida e vigor", declarou o cardeal Vincent Nichols, chefe da Igreja Católica na Inglaterra e País de Gales, garantindo que oraria pela família real e "pelo descanso da alma" do duque "neste momento de tristeza e pesar"
O primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, liderou a reação internacional: "Nossos pensamentos e orações estão com a rainha Elizabeth e o povo do Reino Unido neste momento."