A farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca anunciou, nesta segunda-feira (12), que seu medicamento para diabetes Farxiga não é eficaz no tratamento de pacientes com COVID-19, conforme os primeiros resultados de seus ensaios clínicos.
O ensaio do Farxiga "não alcançou um nível estatístico suficiente" para prevenir a mortalidade, disse o laboratório em um comunicado.
O objetivo do estudo era avaliar a eficácia do Farxiga em pacientes hospitalizados com COVID-19 e em risco de desenvolver complicações, em particular os que já têm outras patologias como hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, ou renal.
Os resultados completos dos testes devem ser publicados em maio.
A vacina anticovid da AstraZeneca já em uso levantou muitas questões, sobretudo, no que diz respeito aos potenciais efeitos colaterais, como coágulos sanguíneos.
Alguns países pararam de usá-la, enquanto outros estabeleceram limites de idade. No Reino Unido, por exemplo, onde mais de 20 milhões de doses foram administradas até agora, ela foi reservada prioritariamente para pessoas acima de 30 anos.
As entregas dos pedidos de diversos países também foram afetadas por problemas de produção. Na semana passada, o laboratório anunciou que entregaria com atraso metade das encomendas feitas pela União Europeia.
A AstraZeneca também está desenvolvendo um tratamento com anticorpos para a COVID-19, que está nas últimas fases de testes em vários lugares do mundo.
O governo americano financiou o desenvolvimento desta droga, e o grupo deve fornecer até 700.000 doses aos Estados Unidos este ano.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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