A condenação acontece poucos meses depois de a amante do médico, uma enfermeira, também ter sido condenada por dois homicídios dolosos.
Apelidados de "amantes diabólicos", foram processados por terem administrado coquetéis de analgésicos e anestésicos mortais a vários pacientes e parentes.
Embora os defensores sustentassem que, em alguns casos, se tratava de práticas de acordo com os habituais cuidados paliativos, a acusação relembrou que entre os mortos estava uma jovem hospitalizada devido a uma simples luxação no ombro.
Leonardo Cazzaniga, de 65 anos, ex-número dois do pronto-socorro do hospital Saronno, perto de Milão, foi considerado culpado pelo homicídio de oito pacientes, além dos cometidos contra o marido e sogro de sua amante, Laura Taroni. O tribunal o absolveu nesta terça-feira de três outros assassinatos.
Taroni, de 44 anos e mãe de dois filhos, foi anteriormente condenada pelo assassinato de seu marido em colaboração com Cazzaniga e pelo assassinato da própria mãe em 2014.
O marido de Laura Taroni morreu em junho de 2013 de overdose de insulina, substância que ela gradualmente administrou a ele por muito tempo depois de convencê-lo de que sofria de diabetes.
"De vez em quando, eu quero matar alguém. Eu preciso disso...", ela foi ouvida dizendo em uma escuta telefônica da polícia.
Durante as investigações, a polícia examinou 40 mortes ocorridas entre 2011 e 2014, quando Cazzaniga estava de plantão no pronto-socorro do hospital.
A lista inclui o nome do próprio pai, que morreu em 20 de outubro de 2013, enquanto hospitalizado com câncer terminal.
Preso desde 2016, o casal anunciou que entrará com recurso.
MILÃO