A Itália vai começar uma reabertura gradual de restaurantes e escolas a partir de 26 de abril, anunciou nesta sexta (16/4) o chefe de governo, Mario Draghi. O futuro do país pode ser visto com um "prudente otimismo", afirmou Draghi em coletiva de imprensa na qual admitiu que o governo vai tomar "um risco calculado" ao decidir as reaberturas para reativar a economia e a vida social.
"A prioridade será dada às atividades ao ar livre", afirmou Draghi, sem citar explicitamente se as cafeterias e restaurantes com áreas externas serão autorizados.
Leia Mais
Oito morrem em tiroteio na cidade americana de IndianápolisSenadores dos EUA dizem a Biden que Bolsonaro apoia ação ilegal na Amazônia'Diminuir desmatamento requer vontade política, não financiamento', diz Noruega sobre pedido de US$ 1 bi de Salles para AmazôniacoronavirusmundoO projeto de abertura progressiva se baseia em dois pilares: a manutenção de todas as medidas sanitárias, como distanciamento social e uso de máscara, e o impulso da campanha de vacinação.
"A probabilidade de que sejamos obrigados a retroceder é muito baixa se as regras forem respeitadas", afirmou Draghi quando questionado sobre o possível cancelamento dessas aberturas.
Draghi explicou que será possível viajar entre duas regiões classificadas como "amarelo", o que estava proibido até então.
A decisão do governo representa uma pequena aceleração no calendário de aberturas e marca o início de uma transição para que em maio outros setores possam abrir.
Próximos passos
O ministro da Saúde, Roberto Speranza, afirmou que o governo planeja reabrir piscinas ao ar livre a partir de 15 de maio e as academias a partir de 1º de junho.
Os cinemas, teatros e espetáculos, um setor duramente atingido pelo fechamento desde outubro, poderão abrir também ao ar livre desde 26 de abril.
A organização de férias e exposições será possível a partir de 1º de julho.
A Itália, o primeiro país da Europa afetado pela pandemia do novo coronavírus em fevereiro de 2020, registrou até agora mais de 115 mil mortes.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas