O julgamento do ex-ministro, que também era vice-presidente do governo de Giuseppe Conte, começará em 15 de setembro neste tribunal da ilha italiana da Sicília, ao sul.
Salvini é acusado do sequestro de pessoas e de abuso de poder por ter proibido o desembarque de 147 migrantes. Este grupo havia sido resgatado no Mediterrâneo pela embarcação humanitária espanhola "Open Arms" em agosto de 2019. Eles ficaram seis dias em alto-mar, perto da ilha italiana de Lampedusa, sem poder desembarcar, devido à recusa das autoridades italianas.
"A defesa da pátria é o dever sagrado de qualquer cidadão (...) Vou ser julgado por isso? Por ter defendido meu país? Irei (ao julgamento) de cabeça erguida", tuitou o líder da Liga, que faz parte do atual governo dirigido por Mario Draghi.
"Trata-se de uma decisão mais política do que judicial", criticou Salvini, na saída do tribunal.
Se for considerado culpado, pode ser condenado a uma pena máxima de 15 anos de prisão.
Já a organização Open Arms avaliou positivamente a decisão do tribunal siciliano e disse estar "feliz por todas as pessoas que resgatamos".
O ex-ministro do Interior também está sendo julgado em outro caso relacionado à retenção, supostamente ilegal, de mais de 100 migrantes em alto-mar em julho de 2019.
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