"Com cinco votos (unanimidade) a favor, aprova-se o relatório dos resultados finais e se proclama os resultados numéricos totalizados", afirmou o secretário do CNE, Santiago Vallejo, em audiência pública do organismo um dia depois da conclusão da apuração.
Segundo o organismo, Lasso, de 65 anos, líder do movimento Criando Oportunidades (Creo), teve cerca de 4,7 milhões de votos (52,36%), e o economista de esquerda Andrés Arauz, de 36 anos, herdeiro político do ex-presidente Rafael Correa, em torno de 4,2 milhões (47,64%).
Arauz, da coalizão de esquerda União pela Esperança (Unes), havia vencido o primeiro turno de 7 de fevereiro, com 32,72%, seguido de Lasso (19,74%) e do dirigente indígena de esquerda Yaku Pérez (19,39%). Este último denunciou uma fraude contra ele para tirá-lo do segundo turno.
"Com total transparência e respeito absoluto da vontade popular dos cidadãos,fazemos a proclamação oficial dos resultados do segundo turno, tuitou neste domingo a titular do órgão eleitoral, Diana Atamaint.
Depois que a CNE divulgou a contagem total no sábado, Lasso disse naquele mesmo dia e por meio da mesma rede social: "Com 100% das cédulas apuradas, quero mais uma vez agradecer aos equatorianos por todo o apoio. Temos muito trabalho a fazer, vamos percorrer juntos o caminho por um país melhor."
O aluno de Correa (2007-2017) admitiu a derrota na mesma noite da votação, embora, a princípio, tenha sido proclamado vencedor com base em uma pesquisa que lhe deu uma suposta vantagem de 1,6%.
A CNE notificará os resultados da votação a Lasso e Arauz para abrir uma fase de contestação, conforme exigido por lei.
Lasso sucederá ao impopular Lenín Moreno, ex-vice-presidente entre 2007 e 2013 e ex-aliado de Correa. Seu mandato de quatro anos termina em 24 de maio.
Cerca de 13,1 milhões, dos 17,4 milhões de habitantes do Equador, foram convocados para estas eleições, nas quais também foram eleitos os 137 membros da Assembleia Nacional unicameral.
Sem ser maioria, o Unes, de Arauz, conquistou 48 cadeiras legislativas para ser a principal força, enquanto o Pachakutik - braço político do movimento indígena que apoiou Pérez - será a segunda com 27 cadeiras.
O Creo, de Lasso, será a quinta bancada com 12 parlamentares.
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