O ex-policial Dereck Chauvin foi condenado, nesta terça-feira (20/4), pela morte por asfixia do afro-americano George Floyd, de 46 anos, em Minneapolis, no estado de Minesota, em maio do ano passado. A pena deve chegar a 40 anos de prisão. A sentença será anunciada em até três semanas.
Chauvin, de 45 anos, respondia às acusações de assassinato e homicídio culposo pela morte de Floyd, num caso que motivou protestos contra a injustiça racial e a violência policial em todo o mundo.
Ele chegou a ser preso no ano passado, mas foi liberado depois de pagar fiança de US$ 1 milhão.
No dia do crime, policiais abordaram Floyd após acusações de que ele teria pago uma compra com uma nota falsa de US$ 20. Chauvin foi o único policial a ser indiciado por assassinato em segundo grau e homicídio culposo.
Depois da repercussão do caso, ele foi expulso da polícia de Minneapolis.
Depois da repercussão do caso, ele foi expulso da polícia de Minneapolis.
O júri de 12 integrantes – sete mulheres e cinco homens que representam a diversidade racial de Minneapolis – deliberou, a portas fechadas, durante quatro horas nessa segunda-feira (20/4), ao final de um julgamento de três semanas.
Tensão crescente
Em suas instruções finais, o juiz Peter Cahill destacou a gravidade do caso, que ocorre em meio a uma maior tensão alimentada por mais mortes de pessoas negras pelas mãos de policiais brancos.
A população de Minneapolis pressionava pela condenação de Chauvin. Cerca de 400 manifestantes marcharam pela cidade na segunda-feira, exigindo uma pena pesada para o ex-policial.
"O mundo está assistindo, nós estamos assistindo, faça a coisa certa", gritavam.
"O mundo está assistindo, nós estamos assistindo, faça a coisa certa", gritavam.
Nesta terça, o presidente Joe Biden telefonou para parentes de Floyd para assegurar que estava "orando por eles". A informação é de um porta-voz da Casa Branca.
Biden deve se pronunciar em breve. Mais cedo, o presidente apontou que as evidências sobre a responsabilidade de Chauvin no crime eram "esmagadoras".