Em uma luta contra o tempo, os navios da Marinha indonésia tentam localizar um submarino desaparecido com 53 pessoas a bordo que, se ainda estiverem vivas, poderiam esgotar suas reservas de oxigênio em 72 horas.
O submersível da Marinha indonésia, o "KRI Nanggala 402", construído há 40 anos, participaria em manobras que incluíam o lançamento de torpedos.
Ele solicitou autorização para submergir na madrugada de quarta-feira (21/4), por volta das 3h (16h de Brasília, na terça-feira), e desde então não respondeu às comunicações ou sinais.
"As reservas de oxigênio do submarino durante uma queda de energia são de 72 horas", informou à imprensa o comandante do Estado-Maior da Marinha da Indonésia, Yudo Margono.
Assim, estas reservas poderão esgotar-se no "sábado às 3h". "Espero que os encontremos antes", declarou.
Na área onde o último sinal foi enviado, foi detectada uma mancha de óleo, ao norte da ilha de Bali. É nesta zona que as buscas se concentram, explicou à AFP Julius Widjojono, porta-voz da Marinha.
Seis navios da Marinha e um helicóptero participam da operação. A mancha de óleo pode sinalizar danos ao tanque do submarino, mas também pode ser uma forma de enviar uma mensagem de socorro.
Analistas militares alertaram, porém, para o risco de o submarino ter se partido se tiver afundado a 700 metros de profundidade, conforme sugerido pelas autoridades militares no dia anterior.
O ministro da Defesa australiano, Peter Dutton, alertou que as informações disponíveis aumentam "o medo de uma terrível tragédia".
Ajuda internacional
Vários países ofereceram ajuda, incluindo Estados Unidos, Austrália, Índia, França e Alemanha. As vizinhas Malásia e Singapura enviaram barcos de apoio.
A Marinha sugeriu a hipótese de um acidente. "É possível que tenha ocorrido uma queda de energia, o que deixou o submarino fora de controle e impediu o lançamento de medidas emergenciais, afundando a 600 ou 700 metros", disse um porta-voz.
A embarcação é capaz de descer abaixo de 250 metros, "um coeficiente de segurança imposto pela dureza da vida do submarino", explicou à AFP o vice-almirante francês Antoine Beausssant. Mas "se ele afundou a 700 metros, há uma boa chance de que tenha se partido", acrescentou.
Frank Owen, diretor do Australian Submarine Institute, mostrou-se pessimista sobre as chances de resgate.
"Se o submarino estiver no fundo do mar e a profundidade for grande, poucos são os meios de tirar a tripulação de lá", explicou à imprensa australiana.
O "KRI Nanggala 402" foi construído na Alemanha em 1978, de acordo com um site do governo, e modificações posteriores foram feitas para modernizá-lo. É um submarino movido a diesel.
Precedentes trágicos
A Indonésia não registrou incidentes graves relacionados com seus submersíveis, mas outros países sofreram acidentes deste tipo.
Uma das tragédias mais conhecidas ocorreu em 2000, quando o submarino nuclear russo "Kursk" afundou enquanto fazia manobras no Mar de Barents com 118 tripulantes a bordo.
Um dos torpedos explodiu, destruindo todo o depósito de munição. 23 marinheiros sobreviveram à explosão, mas morreram porque não foram resgatados a tempo.
Em 2017, o submarino da frota argentina "San Juan", com 44 tripulantes, desapareceu a cerca de 400 km da costa argentina.
Uma explosão subaquática foi registrada perto de sua última posição.
Em 2019, os restos do submarino Minerva, que naufragou em 1968 com 52 homens a bordo, foram encontrados no Mediterrâneo.
O submersível da Marinha francesa, que realizava manobras a trinta quilômetros da costa de Toulon (sudeste da França), afundou em quatro minutos e se rompeu no fundo do mar por motivos até agora desconhecidos.
O submersível da Marinha indonésia, o "KRI Nanggala 402", construído há 40 anos, participaria em manobras que incluíam o lançamento de torpedos.
Ele solicitou autorização para submergir na madrugada de quarta-feira (21/4), por volta das 3h (16h de Brasília, na terça-feira), e desde então não respondeu às comunicações ou sinais.
"As reservas de oxigênio do submarino durante uma queda de energia são de 72 horas", informou à imprensa o comandante do Estado-Maior da Marinha da Indonésia, Yudo Margono.
Assim, estas reservas poderão esgotar-se no "sábado às 3h". "Espero que os encontremos antes", declarou.
Na área onde o último sinal foi enviado, foi detectada uma mancha de óleo, ao norte da ilha de Bali. É nesta zona que as buscas se concentram, explicou à AFP Julius Widjojono, porta-voz da Marinha.
Seis navios da Marinha e um helicóptero participam da operação. A mancha de óleo pode sinalizar danos ao tanque do submarino, mas também pode ser uma forma de enviar uma mensagem de socorro.
Analistas militares alertaram, porém, para o risco de o submarino ter se partido se tiver afundado a 700 metros de profundidade, conforme sugerido pelas autoridades militares no dia anterior.
O ministro da Defesa australiano, Peter Dutton, alertou que as informações disponíveis aumentam "o medo de uma terrível tragédia".
Ajuda internacional
Vários países ofereceram ajuda, incluindo Estados Unidos, Austrália, Índia, França e Alemanha. As vizinhas Malásia e Singapura enviaram barcos de apoio.
A Marinha sugeriu a hipótese de um acidente. "É possível que tenha ocorrido uma queda de energia, o que deixou o submarino fora de controle e impediu o lançamento de medidas emergenciais, afundando a 600 ou 700 metros", disse um porta-voz.
A embarcação é capaz de descer abaixo de 250 metros, "um coeficiente de segurança imposto pela dureza da vida do submarino", explicou à AFP o vice-almirante francês Antoine Beausssant. Mas "se ele afundou a 700 metros, há uma boa chance de que tenha se partido", acrescentou.
Frank Owen, diretor do Australian Submarine Institute, mostrou-se pessimista sobre as chances de resgate.
"Se o submarino estiver no fundo do mar e a profundidade for grande, poucos são os meios de tirar a tripulação de lá", explicou à imprensa australiana.
O "KRI Nanggala 402" foi construído na Alemanha em 1978, de acordo com um site do governo, e modificações posteriores foram feitas para modernizá-lo. É um submarino movido a diesel.
Precedentes trágicos
A Indonésia não registrou incidentes graves relacionados com seus submersíveis, mas outros países sofreram acidentes deste tipo.
Uma das tragédias mais conhecidas ocorreu em 2000, quando o submarino nuclear russo "Kursk" afundou enquanto fazia manobras no Mar de Barents com 118 tripulantes a bordo.
Um dos torpedos explodiu, destruindo todo o depósito de munição. 23 marinheiros sobreviveram à explosão, mas morreram porque não foram resgatados a tempo.
Em 2017, o submarino da frota argentina "San Juan", com 44 tripulantes, desapareceu a cerca de 400 km da costa argentina.
Uma explosão subaquática foi registrada perto de sua última posição.
Em 2019, os restos do submarino Minerva, que naufragou em 1968 com 52 homens a bordo, foram encontrados no Mediterrâneo.
O submersível da Marinha francesa, que realizava manobras a trinta quilômetros da costa de Toulon (sudeste da França), afundou em quatro minutos e se rompeu no fundo do mar por motivos até agora desconhecidos.