"No domínio das mudanças climáticas, onde todos têm que se envolver e jogar de forma transparente, às vezes é necessário verificar se é esse o caso", disse em entrevista à Times Radio o diretor do MI6, Richard Moore, cujo o lema é "confiar, mas verificar".
É por isso que a inteligência externa britânica passou a "espionar os maiores poluidores do mundo", anunciou, considerando "óbvio" que sua organização apoiaria o que ele considera ser "o ponto principal da agenda de política externa internacional de seu país. E para todo o planeta, ou seja, a emergência climática".
"Quando as pessoas se comprometem com a mudança climática, talvez seja nossa responsabilidade garantir que o que estão realmente fazendo é o que se comprometeram", acrescentou ele, que atende pelo pseudônimo 'C'.
Essas revelações ocorrem poucos dias depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em seu país entre 50 e 52% até 2030 em relação a 2005, no contexto de uma cúpula sobre o clima da qual participaram importantes líderes mundiais.
No entanto, embora nesta fase permaneça esquivo em afirmar os meios concretos para alcançá-lo, este anúncio "muda o contexto" e pode fornecer um grande impulso, se necessário, às negociações internacionais, disse o primeiro-ministro britânico Boris Johnson.
Este último havia anunciado na terça-feira reduções maiores do que o esperado no volume de emissões de dióxido de carbono no Reino Unido, meses antes da COP26 sobre o clima, que ocorrerá em Glasgow (Escócia).
LONDRES