O chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, disse que as medidas serão aplicadas a 22 pessoas envolvidas em graves casos de corrupção na Rússia, África do Sul, Sudão do Sul e vários países latino-americanos. Três pessoas foram implicadas em Honduras, Nicarágua e Guatemala, por casos que incluem facilitação de suborno para apoiar uma importante organização do narcotráfico.
Depois de deixar a União Europeia, o Reino Unido, um dos principais centros financeiros internacionais, adotou em meados do ano passado um novo sistema independente de sanções contra autores de violações dos direitos humanos, que, agora, foi completado com uma parte específica contra a corrupção. Pessoas sancionadas serão proibidas de entrar no Reino Unido e seus bens serão congelados.
"O novo regime de sanções que anuncio hoje nos dará uma ferramenta adicional poderosa para responsabilizar os corruptos", explicou Raab, anunciando o plano na Câmara dos Comuns. O Reino Unido "tem um papel importante a desempenhar na luta contra a corrupção", sublinhou. "Nossa condição de centro financeiro mundial nos torna um lugar atraente para investimentos mas também nos torna um pote de mel, um para-raios que atrai atores corruptos, que buscam lavar seu dinheiro sujo por meio de bancos ou empresas britânicas."
Entre os sancionados, estão 14 pessoas implicadas na fraude fiscal de 230 milhões de dólares na Rússia, descoberta pelo advogado Sergei Magnitsky, preso em 2009.