A agência de inteligência interna alemã começará a controlar as figuras de destaque do movimento de protesto contra as restrições por causa da COVID-19, disse nesta quarta-feira (28/4) o ministério do Interior, preocupado porque representam uma ameaça para a democracia e mantêm vínculos com a extrema direita.
Esta operação será voltada para membros do movimento "Querdenker" (Pensadores laterais), surgido como a voz mais potente oposta às restrições pelo coronavírus e um promotor ativo das teorias de conspiração que negam os fatos mais básicos sobre a pandemia.
Alguns organizadores de manifestações "demonstraram claramente que seus objetivos vão mais além das simples mobilizações de protesto contra as medidas do governo sobre o coronavírus", disse o ministério em um comunicado.
Seu objetivo mais importante parece ser "minar constantemente a confiança nas instituições estatais e seus representantes", acrescentou.
A inteligência suspeita que eles buscam se vincular com elementos da extrema direita como "Reichsbuerger" (Cidadãos do Reich), movimento que questiona a legitimidade da República Federal da Alemanha atual, e de divulgar mensagens antissemitas e mitos QAnon (teoria da conspiração online, que provoca e desinforma desde 2017), acrescentou o ministério.
Também pedem aos seus apoiadores para ignorarem as medidas oficiais e desafiarem o monopólio estatal contra a violência, destaca.
As manifestações do "Querdenker" no último ano reuniram milhares de pessoas, às vezes dezenas de milhares, entre os quais estavam presentes os anti-vacinas e os conspiradores, marchando junto as neonazistas e membros do partido de extrema direita AfD.
Esses protestos geralmente são dispersados rapidamente pela polícia, já que os manifestantes não cumprem as regras de distanciamento social e uso de máscaras, assim como provocaram confrontos em algumas ocasiões.
Para que os funcionários da Inteligência possam começar a monitorar os grupos anti-coronavírus, o Escritório Federal de Proteção da Constituição (BfV) da Alemanha teve que criar por completo uma nova categoria, porque os "Querdenkers" não se encaixam inteiramente nas classificações que já existiam sobre extremismo de direita, esquerda e islâmico.
Esta nova categoria compreende os grupos suspeitos de serem "anti-democráticos de deslegitimação do Estado a ponto de colocar a segurança em risco".
Agora, a Inteligência poderá coletar dados sobre essas pessoas e suas atividades, e posteriormente monitorá-las e grampear suas comunicações.
A BfV já controla o partido opositor AfD anti-Islã e anti-imigrantes na Alemanha.
Esta operação será voltada para membros do movimento "Querdenker" (Pensadores laterais), surgido como a voz mais potente oposta às restrições pelo coronavírus e um promotor ativo das teorias de conspiração que negam os fatos mais básicos sobre a pandemia.
Alguns organizadores de manifestações "demonstraram claramente que seus objetivos vão mais além das simples mobilizações de protesto contra as medidas do governo sobre o coronavírus", disse o ministério em um comunicado.
Seu objetivo mais importante parece ser "minar constantemente a confiança nas instituições estatais e seus representantes", acrescentou.
A inteligência suspeita que eles buscam se vincular com elementos da extrema direita como "Reichsbuerger" (Cidadãos do Reich), movimento que questiona a legitimidade da República Federal da Alemanha atual, e de divulgar mensagens antissemitas e mitos QAnon (teoria da conspiração online, que provoca e desinforma desde 2017), acrescentou o ministério.
Também pedem aos seus apoiadores para ignorarem as medidas oficiais e desafiarem o monopólio estatal contra a violência, destaca.
As manifestações do "Querdenker" no último ano reuniram milhares de pessoas, às vezes dezenas de milhares, entre os quais estavam presentes os anti-vacinas e os conspiradores, marchando junto as neonazistas e membros do partido de extrema direita AfD.
Esses protestos geralmente são dispersados rapidamente pela polícia, já que os manifestantes não cumprem as regras de distanciamento social e uso de máscaras, assim como provocaram confrontos em algumas ocasiões.
Para que os funcionários da Inteligência possam começar a monitorar os grupos anti-coronavírus, o Escritório Federal de Proteção da Constituição (BfV) da Alemanha teve que criar por completo uma nova categoria, porque os "Querdenkers" não se encaixam inteiramente nas classificações que já existiam sobre extremismo de direita, esquerda e islâmico.
Esta nova categoria compreende os grupos suspeitos de serem "anti-democráticos de deslegitimação do Estado a ponto de colocar a segurança em risco".
Agora, a Inteligência poderá coletar dados sobre essas pessoas e suas atividades, e posteriormente monitorá-las e grampear suas comunicações.
A BfV já controla o partido opositor AfD anti-Islã e anti-imigrantes na Alemanha.