"Dois aviões do exército birmanês executaram ataques em uma zona controlada pela União Nacional Karen" (KNU), afirmou o governador da província fronteiriça tailandesa de Mae Hong Son, Sithichai Jindaluang, sem revelar se as ações provocaram vítimas.
Dezenas de birmaneses fugiram da violência e atravessaram a fronteira para procurar refúgio no lado tailandês.
Na terça-feira, a KNU, que condena a violenta repressão da junta militar contra aqueles que criticam o golpe de Estado, destruiu uma base militar nesta região.
No fim de março, esta facção rebelde assumiu o controle de uma base militar e matou 10 soldados.
O exército respondeu na ocasião com ataques aéreos contra redutos da facção, pela primeira vez em 20 anos nesta região. Quase 24.000 civis abandonaram suas casas após os combate, de acordo com ONGs locais.
Também explodiram confrontos nesta quarta-feira entre os militares birmaneses e outra facção étnica, Exército Independentista de Kachin (KIA), informou à AFP Naw Bu, porta-voz do grupo, que citou mortes dos dois lados, mas sem divulgar o número exato.
A tensão entre militares e alguns grupos armados aumentou desde que o exército derrubou o governo civil liderado pela vencedora do Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.
Mais de 750 civis morreram vítimas de ações das forças de segurança nos últimos meses, segundo a Associação de Ajuda aos Presos Políticos (AAPP).