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Estado de Minas PANDEMIA

COVID: Índia registra recorde de mortes; produção de vacinas acelera

Pandemia está cada dia mais grave no país asiático, que registrou 3.645 mortes nas últimas 24 horas


29/04/2021 08:30 - atualizado 29/04/2021 09:16

(foto: AFP / Jewel SAMAD)
(foto: AFP / Jewel SAMAD)
A pandemia de COVID-19 é cada vez mais grave na Índia, que nesta quinta-feira (29/4) registrou um novo recorde diário de mortes, enquanto na América Latina a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou para a situação crítica de alguns países e pediu mais vacinas para a região.

A Índia, quarto país do mundo em número de mortes, atrás dos Estados Unidos, Brasil e México, já registrou 204.832 óbitos provocados pela COVID-19, sendo 3.645 nas últimas 24 horas.

Muitos especialistas, no entanto, acreditam que o número real é muito maior.

O país, com uma população de mais de 1,3 bilhão de pessoas, bate recordes de infecções, com quase 380.000 novos casos nas últimas 24 horas. Apenas no mês de abril, a Índia registrou mais de seis milhões de contágios, um terço do total desde o início da pandemia, atribuídos parcialmente à nova variante detectada no país.

Os hospitais, lotados, estão ficando sem leitos, sem medicamentos e sem oxigênio, enquanto a ajuda internacional prometida começa a chegar ao país.

Nesta quinta-feira, o primeiro avião militar americano com material de saúde vai pousar em Nova Délhi, parte de um pacote de ajuda de mais de 100 milhões de dólares.

Ao mesmo tempo, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas, disse que a região continua "sob as garras" da pandemia.

"Nossa região ainda está sofrendo com essa pandemia", declarou Carissa Etienne, diretora da OPAS.

"Não só não acabou, está se acelerando", acrescentou, lembrando que em vários países da América do Sul os primeiros quatro meses do ano foram piores do que 2020.
(foto: AFP / Punit PARANJPE)
(foto: AFP / Punit PARANJPE)

Um respiro na Europa

Na Europa, que superou na quarta-feira a marca de 50 milhões de contágios, a pandemia parece desacelerar e muitos países estão flexibilizando as restrições. O número diário de novos casos está em queda há duas semanas.

O continente registra mais de um milhão de mortes pelo vírus, do total de 3,15 milhões de vítimas fatais registradas no mundo, de acordo com dados da AFP.

A Holanda reabriu as áreas externas de cafés e restaurantes na quarta-feira (28/4) e suspendeu o toque de recolher, cujo anúncio em janeiro provocou os distúrbios mais graves no país em décadas.

O Reino Unido, o país mais afetado do continente, registra, em média, apenas 2.300 novos casos por dia.

A França, país europeu mais afetado em termos de infecções (5.565.852 casos), registra uma tímida queda dos contágios e estuda uma abertura escalonada em maio e junho, que o presidente Emmanuel Macron detalhará na sexta-feira.

Bilhões de vacinas

A OPAS destacou que o "acesso rápido e equitativo às vacinas" é essencial para superar a pandemia e pediu aos países com doses adicionais que considerem doar uma porção significativa às Américas, onde as vacinas são necessárias com urgência.

Nesta quinta-feira, o laboratório americano Moderna anunciou que deseja produzir três bilhões de doses em 2022 de sua vacina baseada na tecnologia de RNA mensageiro e espera fornecer entre 800 milhões e um bilhão de doses este ano.

"Estamos vendo que o vírus se propaga rapidamente, com mutações, que novas variantes aparecem (...) Devemos assumir a dianteira para estar preparados se for necessária uma terceira dose da vacina", declarou o diretor para a Europa da Moderna, Dan Stanner.

Os fabricantes estão trabalhando em novas versões de suas vacinas, adaptadas às variantes. Ugur Sahin, diretor do laboratório alemão BioNTech, que tem uma parceria com a americana Pfizer, se mostrou "confiante" na eficácia da vacina, que também utiliza RNA mensageiro, contra a variante indiana.

A BioNTech está prestes a apresentar à União Europeia (UE) um pedido para que sua vacina seja autorizada para adolescentes entre 12 e 15 anos, e acredita na possível aprovação em junho.

No fim de semana, o mundo superou a marca de um bilhão de doses de vacinas contra a covid-19 administradas em 207 países ou territórios.

Nos Estados Unidos, onde o vírus matou mais de 574.000 pessoas, o presidente Joe Biden classificou o plano de vacinação como "um dos maiores êxitos logísticos" da história do país.

"Mais da metade dos adultos receberam ao menos uma dose e as mortes de pessoas mais velhas caíram 80% desde janeiro", destacou.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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