Uma via elevada do metrô da Cidade do México desabou nesta terça-feira, 4, fazendo com que um trem com passageiros caísse sobre uma avenida movimentada. Ao menos 23 pessoas morreram e 70 ficaram feridas, incluindo menores de idade.
O acidente ocorreu por volta das 22h30 (00h30 pelo horário de Brasília) entre as estações de Los Olivos e Tezonco, na linha 12 do metrô. Inaugurado em 2012, o trecho apresenta falhas recorrentes e teve sua construção marcada por denúncias de irregularidades.
Segundo a prefeita da capital mexicana, Claudia Sheinbaum, o viaduto desabou porque uma de suas vigas cedeu sob o peso do trem. Os feridos estão sendo transferidos para dois hospitais da região metropolitana, Tlahuac e Iztapalapa, enquanto equipes de resgate buscam outros sobreviventes.
Câmeras de segurança registraram o momento exato em que a estrutura elevada cedeu, levando o trem a cair de uma altura de pouco mais de cinco metros. Outras imagens compartilhadas nas redes sociais mostram dois vagões dispostos em forma de "V" contra o solo.
Segundo Sheinbaum, ainda é incerto se todos os mortos estavam nos vagões do metrô ou se incluem pedestres e motoristas que passavam pela avenida. Oficiais também disseram não saber quantas pessoas que permaneciam dentro do trem estavam vivas.
Testemunhas disseram que ouviram um barulho alto, como um trovão. Minutos depois, a área ao redor da estação de Olivos estava cheia de ambulâncias, equipes de resgate, caminhões de bombeiros e pessoas desesperadas em busca de vítimas. Uma delas era Oscar Lopez, que procurava pela amiga Adriana Salas, de 26 anos, grávida de seis meses. Ela voltava do trabalho quando seu telefone parou de atender próximo ao horário do acidente. "Não temos informações, eles não nos dizem nada, a polícia nos empurra e as pessoas só se aglomeram", disse Lopez.
Por volta das 2h, o resgate teve de ser temporariamente interrompido porque a estrutura estava "muito fraca", segundo a prefeita. O trabalho só foi retomado após a chegada de um guindaste para dar sustentação ao que restou em pé do viaduto.
Forças de segurança de todos os níveis colaboram na operação, incluindo militares, enquanto a prefeitura monta um centro de comando para dar informações aos familiares e isola o local na tentativa de dispersar a aglomeração. (Com agências internacionais).
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