O folheto, desenhado em conjunto com várias organizações muçulmanas, dá respostas a perguntas sobre a vacina adequadas aos membros da comunidade, destacou em um comunicado a Autoridade de Saúde dinamarquesa.
Entre as questões de maior destaque estão se as vacinas contêm gelatina feita de carne de porco ou álcool e se é correto imunizar-se durante o Ramadã, o mês de jejum sagrado dos muçulmanos.
"Aspiramos a que todos na Dinamarca recebam a informação necessária para tomar sua própria decisão sobre se querem ou não se vacinar", disse o diretor da Autoridade Sanitária, Soren Brostrom, no prólogo do folheto.
A autoridade destacou que se inspirou no exemplo do Reino Unido para fazê-lo.
"Vimos o material britânico destinado a seus muçulmanos e consultamos os grupos dinamarqueses-muçulmanos com os quais mantemos contato se desejavam algo similar", informou à AFP por e-mail Niels Sando, diretor de prevenção na autoridade.
Em vários países foi constatada certa resistência entre os muçulmanos a se vacinarem. Acredita-se que se deva a afirmações erradas que circulam, como a de que os imunizantes conteriam álcool, produtos derivados de carne de porco ou que causariam infertilidade.
Ao anunciar esta iniciativa, as autoridades dinamarquesas não mencionaram estas afirmações em particular, mas no outro prólogo do livreto, Naveed Baig, do Centro Islâmico dinamarquês informou que "é importante que todos saibam que há desinformação".
Baig acrescentou: "nem todas as histórias são verdadeiras e algumas podem simplesmente ser enganosas", fazendo alusão à informação abundante que circula sobre a covid-19 e as vacinas.
Na Dinamarca vivem cerca de 300.000 muçulmanos.
COPENHAGA