A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, afirmou nesta quinta-feira, 6, que saúda "calorosamente" a disposição do governo dos Estados Unidos de apoiar uma renúncia temporária aos direitos de propriedade intelectual de vacinas. Ontem, o presidente americano, Joe Biden, defendeu a medida, que tem como objetivo facilitar o acesso a imunizantes contra a covid-19.
"É apenas nos sentando juntos que encontraremos um caminho pragmático - aceitável para todos os membros - que aumente o acesso dos países em desenvolvimento às vacinas, protegendo e sustentando a pesquisa e a inovação tão vitais para a produção dessas vacinas que salvam vidas", escreveu Okonjo-Iweala em um comunicado divulgado após a reunião do Conselho Geral da OMC realizada hoje.
Ontem, após o discurso em que Biden defendeu a quebra das patentes, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, chamou a decisão do governo americano de "momento monumental" no combate à pandemia.
Em nota também divulgada ontem, a representante comercial de Washington, Katherine Tai, disse que a Casa Branca participará ativamente das negociações junto à OMC para a suspensão temporária dos direitos de propriedade intelectual dos imunizantes.
A medida foi idealizada pela Índia e pela África do Sul em outubro do ano passado, mas ganhou mais adesão após o apoio dos EUA. A decisão final cabe aos 164 membros da OMC, que devem aprovar a medida por unanimidade para que ela possa entrar em vigor.
No comunicado de hoje, a diretora-geral da OMC exortou os países a revisar a proposta o mais rápido possível.
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