Um grupo de oficiais militares franceses da ativa publicou uma nova carta aberta, na qual alertam o presidente Emmanuel Macron de que a 'sobrevivência' da França está em jogo, após as 'concessões' feitas ao islamismo.
Leia Mais
Jornalista iraquiano em estado crítico após tentativa de assassinatoIgrejas alemãs desafiam Vaticano e abençoam casais do mesmo sexoHRW pede a países do Oriente Médio que proibam corporal a niñosAssinada por um grupo de oficiais e por cerca de 20 generais da reserva, o documento gerou grande polêmica.
O primeiro-ministro a classificou de uma ingerência inaceitável, e o general de mais alto escalão da França prometeu punir os responsáveis.
Ao contrário da carta anterior, esta é aberta a novas assinaturas e, poucas horas depois de sua difusão, já havia recebido 36.000 adesões on-line.
"Falamos da sobrevivência do nosso país, do seu país", diz o texto, dirigido a Macron e a seu gabinete.
Os autores se descrevem como soldados da ativa da geração mais jovem das Forças Armadas, a chamada "geração do fogo".
"No Afeganistão, no Mali, na África Central, ou em qualquer outro lugar, muitos de nós experimentamos fogo inimigo. Alguns de nós perderam companheiros. Partiram para destruir o islamismo, ao qual vocês estão fazendo concessões em nosso solo", criticam os autores.
"Quase todos nós vivemos a Operação Sentinela", uma operação de segurança implantada após os atentados de 7, 8 e 9 de janeiro de 2015, para fazer frente à ameaça terrorista no território nacional.
"Vimos com os nossos próprios olhos os subúrbios abandonados, a conciliação com a criminalidade. Sofremos as tentativas de instrumentalização de várias comunidades religiosas, para as quais a França não significa nada, mas sim um objeto de sarcasmo, desprezo e até ódio", completam.
E acrescentam: "Se explodir uma guerra civil, os militares manterão a ordem em seu próprio solo (...) a guerra civil está-se formando na França, e vocês sabem disso perfeitamente".
A carta foi publicada em um tenso clima político na França, antes das eleições presidenciais de 2022. Nelas, as pesquisas de opinião até o momento preveem que a oponente de Macron será a líder da extrema direita Marine Le Pen.