A China, que tem cada vez mais aposentados em comparação com os trabalhadores ativos, registrou nos últimos 10 anos, o crescimento demográfico mais lento da população do país em décadas e, em breve, deve ser superada pela Índia em número de habitantes.
Leia Mais
UE exige na Justicia 90 milhões de doses pendentes da vacina da AstraZenecaElizabeth II apresenta o programa de "recuperação nacional" de Boris JohnsonEx-primeiro-ministro Silvio Berlusconi volta a ser hospitalizado na ItáliacoronavirusmundoNa comparação com a pesquisa de 2010, a população chinesa aumentou 5,38% em 10 anos (0,53% em média por ano), segundo o Escritório Nacional de Estatísticas. Este é avanço mais lento desde a década de 1960.
Com este ritmo, o país pode perder o título de maior população do planeta mais rápido que o previsto. A Índia deveria registrar em 2020, segundo estimativas da ONU, 1,38 bilhão de habitantes.
A população da Índia cresce na média de 1% por ano, segundo um estudo divulgado ano passado por Nova Délhi.
A China já havia divulgado uma previsão de que a curva de crescimento populacional deve atingir o pico em 2027, quando a Índia superaria o vizinho. A população chinesa começaria, então, a diminuir, até chegar a 1,32 bilhão de habitantes em 2050.
O porta-voz do Escritório Nacional de Estatísticas, Ning Jizhe, confirmou que o país se aproxima do "pico", mas não antecipou uma data. A população deve ser superior a 1,4 bilhão "durante um certo tempo", se limitou a declarar.
A influência da COVID-19
A queda da taxa de natalidade tem várias razões: diminuição do número de casamentos, o custo da habitação e da educação, a gravidez mais tardia das mulheres que priorizam a carreira, entre outras.
No ano passado, marcado pela epidemia de COVID, o número de nascimentos caiu a 12 milhões, contra 14,65 milhões em 2019, ano em que a taxa de natalidade (10,48 por 1.000) já estava no menor nível desde a fundação da China comunista em 1949.
A epidemia "aumentou a incerteza da vida cotidiana e a preocupação com o nascimento de um filho", reconheceu Ning.
Em 2016 o país flexibilizou a política do filho único, permitindo que todos os chineses tenham o segundo filho. Mas a medida não serviu para estimular a taxa de natalidade, o que leva algumas pessoas a pedir o fim do limite de duas crianças por família.
Os demógrafos advertem que o país pode registrar o mesmo fenômeno do Japão e Coreia do Sul (com excesso de idosos em comparação com a população jovem e ativa no mercado de trabalho).
Em março, o Parlamento aprovou um plano para aumentar progressivamente a idade de aposentadoria durante os próximos cinco anos.
Menos homens
De acordo com os resultados do censo, no ano passado o país tinha mais de 264 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, uma população que representa 18,7% do total do país, ou seja um aumento de 5,44% na comparação com 2010.
A população em idade ativa (15 a 59 anos) representa 63,35% do total, 6,79% a menos que na década passada.
Outro dado reflete os desequilíbrios potenciais: a população "flutuante" de migrantes internos. Estas pessoas de zonas rurais que trabalham em cidades com pouca proteção social chegaram no ano passado a 376 milhões, um aumento de quase 70% em uma década.
O governo, no entanto, ao que parece conseguiu atenuar o desequilíbrio entre sexos induzido pela preferência tradicional por meninos e que, às vezes, leva à eliminação dos fetos do sexo feminino.
A China registrou o nascimento de 111,3 meninos para cada 100 meninas, uma proporção em queda de 6,8 pontos percentuais na comparação com 2010.
Os resultados do censo, publicados com várias semanas de atraso, provocam dúvidas entre alguns analistas, como o demógrafo Yi Fuxian, da Universidade do Wisconsin em Madison (Estados Unidos).
A população chinesa está diminuindo desde 2018 e não superaria 1,28 bilhão de habitantes, afirma Yi Fuxian.
Pequim manipularia os números para evitar "um terremoto político" e não desestimular os investidores estrangeiros, destaca.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas