A imprensa iraniana estima, porém, que as chances de obter a aprovação do Conselho de Guardiães, órgão encarregado de validar as candidaturas, são baixas.
Neste caso, "declararei que não aprovo estas eleições e não participarei delas" apoiando um candidato, nem irei votar, disse Ahmadinejad após apresentar sua candidatura ao Ministério do Interior.
"Milhões de pessoas em todo país me convidaram a me apresentar às eleições e até me incentivaram a vir aqui me registrar, colocando uma grande responsabilidade sobre os meus ombros", disse Ahmadinejad.
Repetindo, como faz há anos, que a população perdeu a confiança nas autoridades do país, o ex-presidente de 64 anos avaliou que as eleições de junho podem ser "a última oportunidade" de salvar a República Islâmica dos desafios que tem de enfrentar por razões "internas" e "internacionais".
Ahmadinejad foi presidente de 2005 a 2013.
Em 2009, protestos contra sua reeleição varreram a República Islâmica. Em 2013, ele deixou o cargo e foi substituído pelo atual presidente, Hassan Rohani, impedido pela Constituição iraniana de disputar um terceiro mandato consecutivo.
Em 2017, o ex-presidente ultraconservador e populista tentou, mais uma vez, ser eleito, mas sua candidatura foi rejeitada.
Ao longo dos anos, o ex-presidente se tornou uma pedra no sapato do governo, pois questiona a maioria das decisões, ou posições, dos dirigentes atuais.
TEERÃ