O primeiro-ministro Boris Johnson denunciou um "racismo vergonhoso" que "não tem lugar" na sociedade britânica, enquanto o líder da oposição trabalhista, Keir Starmer, classificou os atos de "profundamente repugnantes".
As imagens postadas nas redes sociais mostram um grupo de carros cobertos de bandeiras palestinas que passa, no domingo à tarde, pelo Finchley Road, um bairro do norte de Londres com uma significativa comunidade judaica.
Um ocupante de um dos veículos usa um megafone para gritar insultos e ameaças antissemitas.
Este incidente ocorreu um dia depois de uma manifestação pró-palestina em Londres, com a presença de milhares de pessoas, para denunciar os confrontos entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
A polícia identificou um veículo e prendeu quatro homens como suspeitos de crimes de ordem pública, com o agravante do racismo, informou a polícia de Londres ontem à noite de domingo (16).
"É um comportamento totalmente ofensivo e não será tolerado. Entendo que isso pode ter causado uma considerável preocupação na comunidade, e organizamos patrulhas adicionais" nas áreas afetadas, anunciou o superintendente Jo Edwards, responsável pelas operações policiais.
Na segunda-feira, o prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, primeiro muçulmano a governar uma grande capital europeia, confirmou ao canal Sky News que haverá uma maior presença da polícia em zonas com importantes comunidades judaicas, sinagogas e escolas comunitárias para tranquilizar a população.
Denunciando "o impacto desse comportamento criminoso que está semeando o medo entre os judeus em Londres e em todo o país", Khan pediu que "não se traga os conflitos (que ocorrem) a 3.000 quilômetros de distância da capital".
LONDRES