Diversas manifestações, que degeneraram em confrontos com o exército, aconteceram em toda a Cisjordânia, no marco de um dia de greve geral contra a ocupação israelense e em solidariedade aos habitantes de Gaza.
Perto de Ramallah, centenas de jovens atiraram pedras e coquetéis molotov contra os militares israelenses presentes, que responderam com gás lacrimogêneo e tiros balas de borracha, segundo jornalistas da AFP.
O exército israelense disse que "durante violentas altercações" perto de Ramallah "numerosos agitadores dispararam" contra os militares, que "responderam abrindo fogo".
"Dois soldados ficaram feridos nas pernas e foram evacuados para o hospital", acrescentou a mesma fonte em um comunicado.
O Ministério da Saúde palestino anunciou logo em seguida a morte de um palestino de 25 anos, Mohammad Hamid, em Al Bireh, ao norte de Ramallah.
O órgão também relatou que outros dois homens haviam falecido, um após levar um tiro no peito e o outro na cabeça.
Horas antes, o exército anunciou que havia "neutralizado" um palestino que tentou atacar soldados perto de Hebron. Fontes médicas palestinas confirmaram a morte do homem à AFP.
Nesta terça-feira, após uma convocação de greve geral do partido Fatah de Mahmoud Abbas, a administração, lojas e escolas em Ramallah e outras cidades permaneceram fechadas.
Paralelamente, no sul do Líbano, na fronteira com Israel, cinco pessoas que protestavam contra os bombardeios israelenses em Gaza foram feridas por gás lacrimogêneo e granadas de fumaça lançadas pelas forças israelenses.
"Vários manifestantes escalaram um muro de concreto na fronteira, com bandeiras e faixas do Hezbollah, e atiraram pedras", segundo a agência nacional de notícias ANI.
"As forças israelenses dispararam gás lacrimogêneo e granadas de fumaça e feriram cinco", acrescentou.
RAMALLAH