Gerry Rice informou que a diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva, comprometeu-se a discutir a proposta com os membros da instituição, como anunciou na semana passada após se reunir em Roma com o presidente argentino, Alberto Férnandez.
O porta-voz comentou alguns pontos técnicos da política de sobretaxas. Ele ressaltou que uma eventual reforma não é uma decisão que possa ser tomada por Kristalina: "Qualquer revisão seria uma prerrogativa da nossa diretoria executiva, que representa os nossos membros."
Por outro lado, Rice destacou a importância das sobretaxas de juros, que dependem da quantidade e do tempo de vigência do crédito, assinalando que as mesmas possibilitam ao FMI "continuar oferecendo apoio financeiro com taxas acessíveis aos membros que necessitem. As sobretaxas são pagas apenas quando o crédito pendente de um país membro é grande e prolongado."
A Argentina, que recebeu 44 bilhões de dólares do Fundo dentro de um programa de 57 bilhões em três anos assinado em 2018, busca um novo acordo de crédito com a instituição multilateral, em meio a uma recessão profunda.
WASHINGTON