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Estado de Minas BOGOTÁ

Vice-presidente da Colômbia vai aos EUA defender ação do governo em protestos


21/05/2021 12:20

A vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, inicia uma viagem aos Estados Unidos, nesta sexta-feira (21), para defender a atuação do governo em meio às condenações internacionais pela dura repressão aos protestos que varrem o país.

Recentemente nomeado para substituir a discreta Claudia Blum, Marta Lúcia se reunirá com representantes do governo americano, do Congresso e organismos multilaterais para "informar detalhes da atual situação que se vive no país", disse o Ministério das Relações Exteriores em uma mensagem à imprensa.

Entre os dias 21 e 27 de maio, em Nova York e Washington, a ministra também buscará "estreitar a cooperação em temas como a luta contra a covid-19" e dar visibilidade à regularização de um milhão de migrantes venezuelanos iniciada este mês.

Esta viagem acontece em um momento delicado para a imagem externa do país.

País que há décadas patrocina o combate ao narcotráfico, permitindo que as forças públicas sejam equipadas e treinadas no combate às guerrilhas, os Estados Unidos denunciaram os abusos cometidos pela polícia na repressão aos protestos.

A enxurrada de vídeos aparentemente envolvendo agentes das forças da ordem também deflagrou condenações da ONU, da União Europeia, da Organização dos Estados Americanos (OEA) e de ONGs internacionais.

Na quinta-feira, a Conmebol rejeitou o pedido do Ministério dos Esportes para adiar a Copa América, em meio à explosão social e a uma agressiva terceira onda de covid-19, e retirou da Colômbia a condição de sede do evento.

Os protestos em massa começaram em 28 de abril contra a proposta de aumento de impostos feita pelo governo - e já retirada - e foram reavivados pela repressão às manifestações. Foram 42 mortos e mais de 1.700 feridos.

O governo de Iván Duque denunciou uma suposta campanha internacional de difamação das forças de segurança e a infiltração de grupos armados nos protestos.

Enquanto promove um lento diálogo com alguns dos manifestantes, o presidente se concentra em garantir a liberação de quase 100 vias bloqueadas, algo que tem contribuído para o desabastecimento.

Os manifestantes reivindicam um país mais justo e solidário, diante da deterioração da economia, aprofundada pela pandemia da covid-19. Novas mobilizações estão previstas para a próxima semana.


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