Cook, a última testemunha no processo movido pela responsável pelo jogo Fortnite, a Epic Games, fez uma forte defesa dos procedimentos da Apple para revisar e aprovar todos os aplicativos que oferece aos usuários do iPhone e do iPad.
"Não poderíamos continuar a prometer (...) privacidade, segurança e proteção", afirmou Cook ao ser interrogado pela advogada da Apple, Veronica Moye, no tribunal federal da Califórnia.
Cook disse que o processo de revisão realizado pela Apple ajuda a evitar softwares maliciosos e outros aplicativos problemáticos, ajudando a criar um ambiente seguro para os consumidores.
Sem essa análise, a loja online "se tornaria uma espécie de bagunça tóxica", declarou. "Também seria terrível para o desenvolvedor, que depende da loja ser um lugar seguro e confiável."
O depoimento de Cook encerra um julgamento de grande repercussão que começou no início deste mês, no qual a Apple é acusada de abusar de um monopólio de seu mercado.
A Epic Games quer forçar a Apple a abrir sua loja a terceiros que buscam contornar os procedimentos e comissões de até 30%.
A Apple removeu o Fortnite da App Store no ano passado, depois que a Epic fugiu da divisão de receitas com a fabricante do iPhone.
A empresa criada por Steve Jobs não permite que os usuários de seus dispositivos baixem aplicativos de qualquer lugar que não seja sua App Store, e os desenvolvedores são obrigados a usar o sistema de pagamento da Apple, que retira sua parte.
O caso apresentado à juíza distrital Yvonne González Rogers surge enquanto a Apple é pressionada por uma ampla gama de fabricantes de aplicativos a respeito da gestão da App Store, que, segundo críticos, representa um comportamento monopolista.
A União Europeia acusou formalmente a Apple de pressionar injustamente seus concorrentes de streaming de música com base em uma queixa apresentada pelo Spotify, com sede na Suécia, e outros, que afirmam que o grupo californiano estabelece regras que favorecem a Apple Music.
A recém-formada Coalizão pela Equidade dos Apps, que inclui o Spotify e a Epic, pediu à Apple para abrir sua loja, alegando que sua comissão é um "imposto" sobre os rivais.
APPLE INC.
SAN FRANCISCO