"Os membros do Conselho de Segurança saudaram o anúncio de um cessar-fogo a partir de 21 de maio e reconheceram o papel importante do Egito e de outros países daquela região", assinala o texto, aprovado pelos Estados Unidos após a eliminação de um parágrafo que condenava a violência.
Washington já havia rejeitado três declarações, além de um projeto de resolução francês que exigia o "fim imediato das hostilidades" e pedia "a entrega e distribuição, sem obstáculos, de ajuda humanitária" em Gaza.
No texto de hoje, proposto por China, Noruega e Tunísia, o Conselho de Segurança pede o respeito absoluto ao cessar-fogo e assinala apenas que os países membros "lamentam as perdas civis causadas pela violência".
Além do parágrafo que condenava "todos os atos de violência contra civis, incluindo os de terrorismo, mas também os atos de provocação, incitação e destruição", Washington conseguiu que fosse retirada uma referência à preocupação do Conselho com a violência em Jerusalém Oriental, principalmente ao redor de locais religiosos, segundo o texto inicial, obtido pela AFP.
O Conselho destacou "a necessidade imediata de assistência humanitária à população palestina, principalmente em Gaza", e apoiou "o chamado do secretário-geral da ONU à comunidade internacional para reconstruir" o enclave palestino.
Os membros do Conselho assinalaram que "é urgente restabelecer a calma" e reafirmaram "a importância de se alcançar uma paz completa baseada na concepção de uma região onde dois Estados democráticos - Israel e Palestina - convivam lado a lado pacificamente, com fronteiras seguras e reconhecidas".
- Agradecimento -
Israel agradeceu aos Estados Unidos por seu apoio no Conselho de Segurança. "A responsabilidade por essa escalada recai inteiramente sobre a organização terrorista Hamas, que optou por lançar foguetes contra Jerusalém, capital de Israel, os arredores de Gaza e outras cidades israelenses", indicou a chancelaria.
O Conselho de Segurança deve voltar a discutir o conflito na próxima-quinta-feira, em sua reunião pública mensal sobre o tema, programada antes do início do confronto atual. Será sua quinta reunião sobre o assunto este mês, após quatro encontros de emergência.
WASHINGTON