"Os aliados realizam consultas sobre a aterrissagem forçada do avião da Ryanair por parte de Belarus, e os embaixadores vão discutir o tema amanhã (25)", disse um porta-voz da aliança militar à AFP nesta segunda-feira (24).
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, classificou o ocorrido em Belarus como "um incidente sério e perigoso, que requer uma investigação internacional".
O caso explodiu na noite de domingo. Um avião da Ryanair, que voava da Grécia para a Lituânia, foi obrigado a aterrissar em Minsk, onde a polícia retirou da aeronave e prendeu o ativista Roman Protasevich.
Além de pertencerem à União Europeia (UE), Grécia e Lituânia também são membros da Otan.
Os líderes europeus iniciam nesta segunda-feira à noite uma cúpula presencial em Bruxelas. A agenda do encontro havia sido cuidadosamente preparada, mas a crise em Belarus deslocou os demais temas e se impôs como discussão prioritária.
A agenda original da cúpula, a qual os líderes ainda tentarão recuperar, concentrava-se em temas como mudança climática, ação comum frente à pandemia do coronavírus e relações da UE com a Rússia.
Diante desse novo cenário, os líderes europeus devem agora formular uma resposta unificada. Vários membros do bloco já fizeram referência à adoção de novas sanções contra o governo de Minsk.
A UE já havia adotado sanções contra várias autoridades bielo-russas, incluindo o presidente Alexander Lukashenko, por fraude na eleição presidencial de agosto de 2020 e pela repressão aos protestos que se seguiram.