A Administração Federal de Aviação (FAA) informou que a medida também proíbe às companhias aéreas americanas de comercializarem ou venderem bilhetes com companhias mexicanas associadas, mas não afeta o serviço existente das empresas mexicanas aos Estados Unidos.
"A FAA aumentará sua fiscalização dos voos das companhias aéreas mexicanas para os Estados Unidos", disse a agência reguladora dos EUA em um comunicado, observando que encontrou "várias áreas" deficientes em termos de segurança aérea.
Segundo sua avaliação, o governo mexicano não cumpre os padrões da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), entidade das Nações Unidas que regula a aeronáutica global.
Consequentemente, a FAA agora considera a classificação de segurança do México como "Categoria 2" em vez de "Categoria 1".
A Aeromexico, maior empresa de aviação do país latino-americano, informou em comunicado que "suas operações de e para os Estados Unidos não serão afetadas" por esta medida.
A companhia aérea também expressou sua disposição de apoiar as autoridades aeronáuticas mexicanas "para recuperar a Categoria 1 para o benefício da indústria".
O rebaixamento da classificação significa que as leis ou regulamentações mexicanas não garantem "padrões nacionais mínimos de segurança internacional" ou que "a autoridade de aviação civil carece de uma ou mais áreas, como conhecimentos técnicos, pessoal treinado, manutenção de registros, procedimentos de inspeção ou resolução de problemas de segurança", disse a FAA.
A agência reguladora dos EUA, que conduziu uma avaliação entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021, disse estar pronta para ajudar sua contraparte mexicana a melhorar seu sistema de supervisão para retornar à "Categoria 1".
"A FAA está totalmente comprometida em ajudar a autoridade aeronáutica mexicana a melhorar seu sistema de supervisão de segurança a um nível que atenda aos padrões da OACI", disse.
Os Estados Unidos avaliam as autoridades da aviação civil de todos os países com companhias aéreas que solicitaram voar para seu território ou já têm operações ou acordos para fazê-lo.
"As avaliações determinam se as autoridades da aviação civil internacional cumprem os padrões mínimos de segurança da OACI, e não os regulamentos da FAA", explicou a agência reguladora dos EUA.
WASHINGTON