Zuma, de 79 anos, permaneceu impassível no tribunal de Pietermaritzburg (leste). Vestido com um terno escuro e uma máscara cobrindo o rosto, compareceu junto com vários seguidores e vários de seus filhos.
Nesse processo, que foi adiado várias vezes, ele enfrenta 16 acusações de fraude, corrupção e crime organizado, relacionadas à compra, em 1999, de equipamento militar de cinco empresas europeias, quando era vice-presidente do país.
Ele é acusado de ter embolsado mais de quatro milhões de rands (quase 290 mil dólares pelo câmbio atual) em subornos da gigante francesa Thales, um dos grupos que ganhou o suculento contrato de mais de 3,3 bilhões de dólares.
Em várias ocasiões, o magistrado Piet Koen dirigiu-se ao ex-presidente, perguntando-lhe em consideração "o tamanho do caso" se ele pessoalmente confirmava as palavras de seu advogado.
Levantando-se, Jacob Zuma disse sem pestanejar: "Eu me declaro inocente".
A empresa Thales, processada por corrupção e lavagem de dinheiro, também se declarou "inocente".
Como chefe de Estado, entre 2009 e 2018, Zuma foi forçado a renunciar após uma série de escândalos.
O Ministério Público prevê que mais de 200 testemunhas irão testemunhar neste julgamento.