O ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, negou nesta quinta-feira (27/5) ter mentido ao país sobre sua gestão da pandemia, defendendo-se no Parlamento das "graves acusações" lançadas na véspera por Dominic Cummings, ex-assessor especial do primeiro-ministro Boris Johnson.
Durante uma audiência de sete horas perante uma comissão parlamentar, Cummings, ex-braço direito de Johnson, atacou a gestão da COVID-19 por parte do governo. Com quase 128.000 mortos, o Reino Unido é o país com o maior número de óbitos na Europa.
O polêmico ex-assessor investiu, especialmente, contra o ministro Hancock, acusando-o de ter "mentido em várias ocasiões, reunião depois reunião" e também "publicamente". Chamou Hancock de incompetente e afirmou que ele deveria ter sido "demitido".
Essas acusações são "falsas" e "infundadas", defendeu-se o ministro nesta quinta-feira na Câmara dos Comuns.
"Sempre fui honesto com as pessoas em público e em privado", declarou Hancock, garantindo que o governo adotou "uma abordagem aberta e transparente, explicando o que sabemos e o que não sabemos".
Cérebro da bem-sucedida campanha do Brexit em 2016 e artífice da vitória esmagadora de Johnson nas eleições legislativas de 2019, Cummings, de 49 anos, também foi implacável em suas críticas ao primeiro-ministro, a quem chamou de "incapaz".
Segundo seu ex-assessor, o líder conservador ignorou os conselhos dos cientistas e demorou a avaliar a gravidade da crise sanitária.
Na quarta-feira (26/5), Cummings disse que "dezenas de milhares" de mortes poderiam ter sido evitadas, uma afirmação que apareceu na primeira página de vários jornais na manhã desta quinta.
O chefe de governo, que hoje cedo visitava um hospital, deve aproveitar para responder ao ataque, enquanto Hancock planejou dar uma entrevista coletiva no final da tarde.
Seis meses depois de sua demissão, em um contexto de lutas internas, Cummings acusou o governo de não proteger muitos idosos, ao enviá-los dos hospitais de volta para casa sem submetê-los a testes de detecção da covid-19, espalhando, assim, o vírus.
Ele afirmou ainda que Hancock não adquiriu equipamento de proteção suficiente para enfrentar o vírus, nem implementou um programa eficaz de testes de COVID-19.
"Ouvir Dominic Cummings confirmar, ontem, que o governo fracassou na proteção dos mais vulneráveis é realmente chocante", comentou a deputada da oposição trabalhista Angela Rayner à BBC, nesta quinta-feira.
Angela pediu também que se antecipe a investigação pública sobre a gestão da pandemia por parte do governo. Até o momento, ela está prevista para 2022.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Especialistas dizem que os passaportes de vacinção impõem desafios éticos e científicos.
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Durante uma audiência de sete horas perante uma comissão parlamentar, Cummings, ex-braço direito de Johnson, atacou a gestão da COVID-19 por parte do governo. Com quase 128.000 mortos, o Reino Unido é o país com o maior número de óbitos na Europa.
O polêmico ex-assessor investiu, especialmente, contra o ministro Hancock, acusando-o de ter "mentido em várias ocasiões, reunião depois reunião" e também "publicamente". Chamou Hancock de incompetente e afirmou que ele deveria ter sido "demitido".
Essas acusações são "falsas" e "infundadas", defendeu-se o ministro nesta quinta-feira na Câmara dos Comuns.
"Sempre fui honesto com as pessoas em público e em privado", declarou Hancock, garantindo que o governo adotou "uma abordagem aberta e transparente, explicando o que sabemos e o que não sabemos".
Cérebro da bem-sucedida campanha do Brexit em 2016 e artífice da vitória esmagadora de Johnson nas eleições legislativas de 2019, Cummings, de 49 anos, também foi implacável em suas críticas ao primeiro-ministro, a quem chamou de "incapaz".
Segundo seu ex-assessor, o líder conservador ignorou os conselhos dos cientistas e demorou a avaliar a gravidade da crise sanitária.
Na quarta-feira (26/5), Cummings disse que "dezenas de milhares" de mortes poderiam ter sido evitadas, uma afirmação que apareceu na primeira página de vários jornais na manhã desta quinta.
O chefe de governo, que hoje cedo visitava um hospital, deve aproveitar para responder ao ataque, enquanto Hancock planejou dar uma entrevista coletiva no final da tarde.
Seis meses depois de sua demissão, em um contexto de lutas internas, Cummings acusou o governo de não proteger muitos idosos, ao enviá-los dos hospitais de volta para casa sem submetê-los a testes de detecção da covid-19, espalhando, assim, o vírus.
Ele afirmou ainda que Hancock não adquiriu equipamento de proteção suficiente para enfrentar o vírus, nem implementou um programa eficaz de testes de COVID-19.
"Ouvir Dominic Cummings confirmar, ontem, que o governo fracassou na proteção dos mais vulneráveis é realmente chocante", comentou a deputada da oposição trabalhista Angela Rayner à BBC, nesta quinta-feira.
Angela pediu também que se antecipe a investigação pública sobre a gestão da pandemia por parte do governo. Até o momento, ela está prevista para 2022.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra a COVID-19 estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países.
O sistema de controle tem como objetivo garantir o trânsito de pessoas imunizadas e fomentar o turismo e a economia.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.[VIDEO3]