Os ativos de fundos que levam em consideração os critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) cresceram de 10 bilhões de dólares em 2015 para 246 bilhões em março deste ano, disse Yellen.
A secretária do Tesouro pediu aos parceiros mundiais para "desbloquearem o progresso para uma maior clareza e transparência dos ESG, para que esses investimentos tenham um papel-chave para fechar a brecha na infraestrutura e reduzir as emissões poluentes".
"A escassa qualidade ou disponibilidade de dados (relacionados aos critérios) ESG e a falta de medidas padronizadas, são frequentemente mencionadas como barreiras para um maior desenvolvimento das finanças sustentáveis", disse durante uma reunião do G20 para analisar investimentos em infraestrutura.
Ela afirmou também que a falta de medidas claras pode levar a um "greenwashing" ou lavagem verde, a prática de exagerar medidas ambientais para atrair investidores.
Yellen acrescentou que o G20 não só trabalha para desenvolver indicadores que incorporam considerações ESG, mas também "resiliência e custo do ciclo de vida".
A emissão de dívida considerada sustentável "cresceu a uma taxa anual de 60% nos últimos oito anos", disse Yellen, acrescentando que é preciso "fazer mais".
"Para mobilizar investimentos adicionais em infraestruturas limpas, os investidores demandam dados ESG comparáveis e métricas", disse.
"Há legítimas preocupações sobre seu potencial impacto nos investimentos e custos de projetos", admitiu.
No entanto, ela afirmou que o Departamento do Tesouro "trabalharia com sócios internacionais para identificar e examinar as barreiras ao emergente mercado de investimento em infraestrutura".
Segundo os Estados Unidos, no mundo faltam entre 2,5 bilhões e 3 bilhões de dólares anuais em investimentos em infraestrutura, uma brecha que, segundo Yellen, não pode ser fechada somente pelo setor público e requer investimento privado.
A secretária do Tesouro insistiu que os investimentos privados deverão acelerar o financiamento de energias renováveis e outras inovações para a economia dos Estados Unidos, durante uma cúpula virtual convocada pelo presidente Joe Biden e que reuniu cerca de 40 líderes mundiais.
WASHINGTON